Lição de Vida - II

- O velho *Mariano, hoje em dia, ainda em plena lucidez, apesar de seus noventa e seis anos de idade. Se sente satisfeito, guando encontra alguém para ouvir seus velhos causos.

Ele viveu uma vida de forasteiro, e nessa sua aventura; segundo ele: morou em um gigantesco terreno que havia sido comprado das mãos de índios, lá pelas bandas de Conselheiro Pena.

Era comum, deparar-se com índios transitando no velho casarão de seus pais, e que, aqueles homens e mulheres nus, não causava nenhuma perplexidade para os caras pálidas. Que acabaram acostumando-se com aquela situação.

Ainda em sua juventude, além de suas experiências em fartas plantações de arroz, feijão, bananas e outras riquezas, que eram distribuídas em toda a região, para prover a sobrevivência de seus familiares. Chegou o tempo em que ele, descobriu o caminho da fortuna. Pedras preciosas, dentre estas; até mesmo, o cobiçado diamante. A extração e comercialização das mesmas, passou a fazer parte de sua vida.

Tempo em que, ganhou muito dinheiro para desfrutar de uma situação de maior conforto, embora de maneira simples, comum para as pessoas daquela época. Ocasião em que, conheceu uma linda morena. Segundo relato do mesmo e de algumas pessoas, que à conhecera. E mesmo, para este "cabreiro" poeta. Ela era de fato linda, o que ficou comprovado através de uma surrada fotografia, que ele guarda até aos dias de hoje. E que foi minuciosamente examinada pelo poeta.

Dias de felicidade, em que o amor dele para com a sua bela morena. Em certa ocasião, teve que ser disputado a tiro, já que naquele tempo, o "Ricardão", mostrava toda a sua artimanha para roubar os corações das "senhorinhas" que se destacavam, pelos seus atrativos dotes feminino.

Como fruto desse relacionamento, tiveram um filho. Mas, com o passar do tempo. Deu uma loucura naquela mulher, que não resistindo as cantadas do "Ricardão", resolveu abandoná-lo. Deixando-o para se entregar definitivamente a sua aventura. E foi assim, que ele provou de um amargo sofrimento, que jamais conseguiu sair de sua mente e coração.

Tempos depois... ele teve a chance de conhecer uma jovenzinha, dezessete anos mais nova que ele. Para que, dali se formasse uma linda família. Sete filhos e um casamento duradouro, até que; a sua velha companheira, tendo sido vitima de um infarte fulminante, deixa-o desconsolado. E o tempo gasto de velho guerreiro, são as lembranças de um passado, que apesar dos contratempos, contribuíu na formação de uma exemplar experiência de vida, que é; ainda mais enriquecida na maneira simples de "seu" Mariano contar.

* MARIANO PEREIRA DA SILVA

Nivaldo Duarte
Enviado por Nivaldo Duarte em 08/11/2012
Código do texto: T3975173
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