A esperança nunca dorme - In contos d'minutos
José, simples operário da Educação, tinha que enfrentar todo dia, em uma salinha fechada, muitos obstáculos, dificuldades que desafiavam a consciência num Dever de a todos respeitar, mesmo que, agredido verbal e fisicamente.
Embora José fosse um ser paciente, depois de 20 e poucos anos de trabalho, já começava a apresentar sintomas de desgaste, stress e uma hostilidade contida a difícil esforço, portanto, já não aguentava mais estar em meio a multidão loquaz, de difícil silêncio. Sofria José com aquela vontade contida de mandar todos calarem a boca; sentarem-se; prestarem atenção e fazer a lição.
José, agoramente, não era mais José. Era um sujeito nervoso, agitado; não aguentava barulho; traumatizara-se a tal forma de não poder suportar qualquer festa ou reunião de adolescente onde quer que fosse: festas aniversariantes; festas de fim de ano; compras em supermercados; cinemas; lugares em que burburinhos de vozes a atro-
pelarem-se, colidirem-se de um canto a outro quase o levava a loucura.
José luta, hojemente, pela readaptação para sair da sala de aula, mas
o Estado não facilita e José aguarda, no agora, a resposta do Estado
para a sua readaptação. José acredita, pois a esperança nunca dorme.