A esperança nunca dorme - In contos d'minutos

José, simples operário da Educação, tinha que enfrentar todo dia, em uma salinha fechada, muitos obstáculos, dificuldades que desafiavam a consciência num Dever de a todos respeitar, mesmo que, agredido verbal e fisicamente.

Embora José fosse um ser paciente, depois de 20 e poucos anos de trabalho, já começava a apresentar sintomas de desgaste, stress e uma hostilidade contida a difícil esforço, portanto, já não aguentava mais estar em meio a multidão loquaz, de difícil silêncio. Sofria José com aquela vontade contida de mandar todos calarem a boca; sentarem-se; prestarem atenção e fazer a lição.

José, agoramente, não era mais José. Era um sujeito nervoso, agitado; não aguentava barulho; traumatizara-se a tal forma de não poder suportar qualquer festa ou reunião de adolescente onde quer que fosse: festas aniversariantes; festas de fim de ano; compras em supermercados; cinemas; lugares em que burburinhos de vozes a atro-

pelarem-se, colidirem-se de um canto a outro quase o levava a loucura.

José luta, hojemente, pela readaptação para sair da sala de aula, mas

o Estado não facilita e José aguarda, no agora, a resposta do Estado

para a sua readaptação. José acredita, pois a esperança nunca dorme.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 25/10/2012
Reeditado em 08/11/2012
Código do texto: T3951373
Classificação de conteúdo: seguro