O ÚLTIMO MOMENTO DA DIVA
Há tempos esperava uma resposta.
Bem, que não sabia bem o que desejava.
A vida seguia sem pedir licença e mostrava sua face de acordo com suas escolhas.
Agora, sentada naquela cadeira de balanço, aquela Diva se sentia sozinha.
Faltava alguém para conversar e compartilhar a vida.
Alguém para um abraço, um beijo e um toque.
Alguém para interromper o silencio na alma.
Precisava de alguém.
Olhou para mansão, localizada numa área nobre.
Lembrou da conta bancária.
Das festas; dos “amores” e dos “favores”.
Viu com verdade, que as relações eram mantidas pelo interesse.
Tinha consciência que bastava um telefonema e em minutos a propriedade estaria cheia de gente, mas o que queria mesmo era alguém de “carne e osso”... Além da grana, das posses, do que podia proporcionar.
Ela só precisava de alguém, já que se sentia cansada. Muito cansada.
Sentiu uma lágrima molhar o rosto, desfazendo parte da maquiagem, descortinando o verdadeiro rosto daquela Diva. Logo depois uma dor no peito.
Uma hora depois, o empregado encontrou o corpo sem vida, naquela cadeira de balanço.