TIOZÃO SOLIDÃO

Turvos são os caminhos que não levam a nada

Enganos nos afastaram do que poderíamos ter sido,me coça a mão,

mas não usarei o verbo "juntar" não faz mais parte da nossa conjugação.

Quem dera ao olhar pela janela te visse no portão

pedindo para entrar,eu com um sorriso tímido

mas com a alma escancarada,te oferecendo o

universo,devaneios de solidão.Nada mais.

Permaneço só,com meus gatos que de vez em quando

me despençam um olhar desconfiado,o que devem pensar

eles_esse cara está sempre em casa_ na sua poltrona carmim

de frente a uma seringueira,que ornamenta a visão de minha

janela,por ela,somente os raios de sol.Aqui em casa sempre

sombra e solidão.

Minha irmã dia desses trouxe seu filho para me ver

já fazia mais de sete anos da última vez que nos vimos

ele bebê,eu o tio solteiro,que a família ainda nutria esperanças

de matrimônio,neste dia uma amiga já estava lá,munida de espontaneidade e um perfume de rosas,que eu e meu sobrinho,nos encarregamos de expulsar a espirros do hospital.

Hoje este menino,cuja a lembrança são os espiros heróicos

que poram fora do meu caminho uma pretendente,está a minha porta,

sem entender nada.

Conversamos sobre tudo,com os olhos,ele quieto observava a casa

dos móveis as panelas,nada lhe escapava,parecia instruido,pensei . . .

fora criado por uma mente perigosa afim de me espionar,quem sabe.deve ter pensado . . .

estaria,eu,escondendo alguém,e não era um solteirão,mas um libertino que enganava a todos,em busca de atenção.

Como são sinceras as crianças e suas reações verdadeiras,se não gostam mostram na hora,se gostam abrem um sorriso indisfarçavel.

Não foi desta vez que fui premiado com um "sorriso indisfarçavel"

Continua . . .

DAVIDEUSEI
Enviado por DAVIDEUSEI em 19/10/2012
Código do texto: T3940496
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