TIOZÃO SOLIDÃO
Turvos são os caminhos que não levam a nada
Enganos nos afastaram do que poderíamos ter sido,me coça a mão,
mas não usarei o verbo "juntar" não faz mais parte da nossa conjugação.
Quem dera ao olhar pela janela te visse no portão
pedindo para entrar,eu com um sorriso tímido
mas com a alma escancarada,te oferecendo o
universo,devaneios de solidão.Nada mais.
Permaneço só,com meus gatos que de vez em quando
me despençam um olhar desconfiado,o que devem pensar
eles_esse cara está sempre em casa_ na sua poltrona carmim
de frente a uma seringueira,que ornamenta a visão de minha
janela,por ela,somente os raios de sol.Aqui em casa sempre
sombra e solidão.
Minha irmã dia desses trouxe seu filho para me ver
já fazia mais de sete anos da última vez que nos vimos
ele bebê,eu o tio solteiro,que a família ainda nutria esperanças
de matrimônio,neste dia uma amiga já estava lá,munida de espontaneidade e um perfume de rosas,que eu e meu sobrinho,nos encarregamos de expulsar a espirros do hospital.
Hoje este menino,cuja a lembrança são os espiros heróicos
que poram fora do meu caminho uma pretendente,está a minha porta,
sem entender nada.
Conversamos sobre tudo,com os olhos,ele quieto observava a casa
dos móveis as panelas,nada lhe escapava,parecia instruido,pensei . . .
fora criado por uma mente perigosa afim de me espionar,quem sabe.deve ter pensado . . .
estaria,eu,escondendo alguém,e não era um solteirão,mas um libertino que enganava a todos,em busca de atenção.
Como são sinceras as crianças e suas reações verdadeiras,se não gostam mostram na hora,se gostam abrem um sorriso indisfarçavel.
Não foi desta vez que fui premiado com um "sorriso indisfarçavel"
Continua . . .