SONO DE LÚCIA
Ao acordar- se, meio tonta, em pleno domingo e da Primavera ...Era, em seu quarto limpo e arrumado, vibrava um Sol quente e árduo e pleno, mas não pensava no Sol, mas na casa, na casa que era dela. A casa era arrumada e limpa, como sempre. A mãe cuidava
muito bem disso. Enfim, acordava, não tarde que não fingisse ficar na cama.
O Domingo... sim, o domingo era seu, virginal como sempre, de paz, que era a sua
importância. Mas, o que iria fazer neste último dia de sua existência? Sim, por que o
era, era assim, Deus. Sabia o Mundo.
Sua existência, pobre existência, as o que faria? Pois sim, a praia... Logo iria à praia, e ali morreria, ao ver o Mar, antigo como Abraão e calmo como sua consciência. Sua
consciência antiga, antiga, antiga. E ali morreria, sua lembrança seria um Mar, um
domingo e... E ... Um Domingo e Um Mar, assim foi-se... Em um Dia de Domingo
Lúcia.
Lúcia sentia logo uma chateação desse mundo ao morrer, logo, assim, pequena Lúcia,
morreria logo na vagabunda náusea do Mundo.