Gotinhas de saudade

Aquela água de côco à beira-mar tinha “um algo mais” que ele nem imaginava. Conversas ao vento, risos e a troca de carícias bem perto do Equador ilustravam o principal postal da virgem dos lábios de mel…

A bela de agora não tem os cabelos mais negros que a asa da graúna, tampouco mais longos que seu talhe de palmeira. Contudo, não precisa flechar um guerreiro branco para demonstrar suas metas, nem ele de quebrar a flecha da paz para que tenham bons momentos nas terras da grande nação tabajara.

(…)

Os transeuntes distraíram-no por alguns pares de segundos e foi o suficiente para que fossem pingadas algumas gotinhas de afeto naquela – já doce – água de coqueiros. Os dias passaram e ele começou a sentir um gosto diferente, um tanto suave, em leve dosagem… como se fossem gotinhas: de saudade.

* Escrito em 09/11/2011.