VALE A PENA NÃO SER A POLIANA -I OPÇÃO II
VALE A PENA NÃO SER A POLIANA-OPÇÃO II
Vale a pena não ser a Poliana, exagerada e chatinha, fora da realidade –ver a vida sempre cor de rosa, sei não – mas que vale a pena ver a vida com os olhos das crianças, isso vale – e quando nos sentimos cansados e muito, muito tristes com a famigerada auto-estima abaixo do fio da calçada, o melhor mesmo é procurar algo para fazer, nos levantarmos da cadeira ou sofá imediatamente e pode ser, dar uma volta pelo quarteirão, conversar com o zelador ou porteiro, ou dono da banca de jornais, apreciar a fachada das casas antigas em bairros antigos, imaginar quem mora ou morava lá, quem ficou naquela janela nos idos de 1930, pode-se enrolar os cabelos no capricho, fritar bolinhos de chuva, andar sob chuva de verão (uma delícia), conversar com quem não apreciamos, (fazer força –exercício mental dos melhores, você fica sabendo mais sobre a pessoa e – sobre você mesma), fazer ginástica, cansa, depois você toma banho e tira uma soneca, tomar banho de sais cheirosos, ou de sal grosso para tirar a “ziquizira”, fazer brigadeiro de panela e comer com a colher, depois se arrepender e fazer ginástica novamente, fazer uma bela faxina no seu guarda-roupa e passar todo o supérfluo adiante (bom para a alma), ligar para aquele parente que todo mundo acha chato, ler, ler, ler, escrever,escrever,escrever, pintar as unhas dos pés se seu alongamento estiver em dia, jogar bola com os netos, bom exercício, olhar as estrelas no interior de São Paulo, brincar de jogo da velha com os netos, lutar espada com os netos,você é o bandido”do mal”, eles “do bem” sempre, bordar, fazer uma bela macarronada , ouvir os ministros e do STF e imaginar como conseguem ficar quatro horas falando (muitas vezes você não entende o que dizem, pegar o dicionário e procurar, vai demorar mas dá para aprender algumas palavras novas); se nada disso der certo, você pode entrar numa igreja, ou rezar sozinha, ou falar diretamente com o Proprietário e esquecer os inquilinos – Seja feliz – talvez, como a tal Poliana. Abraços mil.