A morte do velho e o velório do moço
Quando o velho morreu foi um baque. Não que ninguém tivesses esperando, muito pelo contrário, o tempo jogava contra ele, então era só uma questão de tempo, mas todos se surpreendem por mais que esperem quando o momento chega.
Marli e Fátima se prepararam. Não conheciam o velho direito, mas eram amigas de Maria e muito mais do que se despedir do velho, precisavam apoiar a amiga neste momento de dor.
Entraram em dois vestidos pretos, correram na floricultura compraram flores de jasmim e lá se foram elas. Estavam ansiosas, precisavam estar firmes, a amiga iria precisar muito delas.
É sempre difícil você consolar alguém que acaba de perder alguém importante. O que falar e mais importante como falar, é uma duvida que paira no ar. Ninguém tinha que passar por isso, mas fazer o que são coisas da vida, ou melhor, da morte.
O velório era num desses lugares chamados de “casa mortuária”, confesso que nunca entendi bem o porquê deste nome, mas é assim que as pessoas o chamam.
Elas entraram em seus vestidos pretos, com a expressão no rosto de um eterno luto. Não olharam para os lados, apenas foram passo a passo até o centro daquela sala, onde estava o caixão. Soltaram as flores na cabeceira, tocaram nas mãos do morto e se olharam fixamente.
Um ar de pavor tomou conta das duas. Elas poderiam não conhecer o velho, mas certamente ninguém que é chamado de velho tem aquele rosto jovem, da pessoa que estava no caixão. Fátima começa a rir baixo, Marli estava apavorada, não sabia o que fazer.
Uma olhada de lado, lentamente por entre os presentes, ninguém conhecido. O que esta acontecendo? Quem são essas pessoas? E mais importante, quem é esse morto?
Uma mulher se aproximou. Ela estava vestida de preto. Demonstrava que tinha chorado muito. Parou ao lado das duas olhando para o morto no caixão e fez a pergunta derradeira:
- Você eram amigas dele?
- De quem? – Fátima perguntou.
- Do Joãozinho? Ora de quem mais?
- Nos conhecíamos. – Marli respondeu.
- Conheciam da onde?
- Da onde mesmo Fátima?
- Da escola. – Fátima foi rápida.
- Mas vieram de Manaus para o velório?
- Manaus? – Marli estava começando a ficar apavorada.
- Sim! Você não disse que se conheceram na escola?
- Pois é. Amigos são para essas coisas. – Fátima conversava com uma naturalidade sem igual.
- Venham aqui. Vou apresentar vocês para os parentes.
Elas se olhavam, caminhavam lentamente atrás da mulher que ia apresentando um por um dos presentes.
- Estas moças vieram de Manaus para o velório, isso que é amizade.
As pessoas cumprimentavam agradecidas. Elas respondiam consternadas.
Depois das apresentações. Elas bem que tentaram sair de fininho. Mas quando queriam sair aparecia alguém para conversar, para fazer perguntas e para impedir a fuga.
O tempo foi passando. Logo chegou o carro da funerária para o cortejo. Elas correram até o caixão, pegaram novamente as flores e levaram até o carro.
- Nos levamos essas flores aqui. Pode deixar? – Disse Fátima.
- Vocês são as melhores amigas que ele poderia ter.
Foram até o enterro. Colocaram as flores. Se despediram de todo mundo. Deram uma desculpa qualquer que não poderiam ir para a casa dos parentes, precisavam voltar a Manaus por causa do trabalho.
Chegaram em casa de noite. As duas juntas, e começaram planejar a desculpa para Maria, por não terem ido ao velório do velho. A verdade não poderia ser contada, afinal quem ia acreditar nesta historia.
Marli e Fátima se prepararam. Não conheciam o velho direito, mas eram amigas de Maria e muito mais do que se despedir do velho, precisavam apoiar a amiga neste momento de dor.
Entraram em dois vestidos pretos, correram na floricultura compraram flores de jasmim e lá se foram elas. Estavam ansiosas, precisavam estar firmes, a amiga iria precisar muito delas.
É sempre difícil você consolar alguém que acaba de perder alguém importante. O que falar e mais importante como falar, é uma duvida que paira no ar. Ninguém tinha que passar por isso, mas fazer o que são coisas da vida, ou melhor, da morte.
O velório era num desses lugares chamados de “casa mortuária”, confesso que nunca entendi bem o porquê deste nome, mas é assim que as pessoas o chamam.
Elas entraram em seus vestidos pretos, com a expressão no rosto de um eterno luto. Não olharam para os lados, apenas foram passo a passo até o centro daquela sala, onde estava o caixão. Soltaram as flores na cabeceira, tocaram nas mãos do morto e se olharam fixamente.
Um ar de pavor tomou conta das duas. Elas poderiam não conhecer o velho, mas certamente ninguém que é chamado de velho tem aquele rosto jovem, da pessoa que estava no caixão. Fátima começa a rir baixo, Marli estava apavorada, não sabia o que fazer.
Uma olhada de lado, lentamente por entre os presentes, ninguém conhecido. O que esta acontecendo? Quem são essas pessoas? E mais importante, quem é esse morto?
Uma mulher se aproximou. Ela estava vestida de preto. Demonstrava que tinha chorado muito. Parou ao lado das duas olhando para o morto no caixão e fez a pergunta derradeira:
- Você eram amigas dele?
- De quem? – Fátima perguntou.
- Do Joãozinho? Ora de quem mais?
- Nos conhecíamos. – Marli respondeu.
- Conheciam da onde?
- Da onde mesmo Fátima?
- Da escola. – Fátima foi rápida.
- Mas vieram de Manaus para o velório?
- Manaus? – Marli estava começando a ficar apavorada.
- Sim! Você não disse que se conheceram na escola?
- Pois é. Amigos são para essas coisas. – Fátima conversava com uma naturalidade sem igual.
- Venham aqui. Vou apresentar vocês para os parentes.
Elas se olhavam, caminhavam lentamente atrás da mulher que ia apresentando um por um dos presentes.
- Estas moças vieram de Manaus para o velório, isso que é amizade.
As pessoas cumprimentavam agradecidas. Elas respondiam consternadas.
Depois das apresentações. Elas bem que tentaram sair de fininho. Mas quando queriam sair aparecia alguém para conversar, para fazer perguntas e para impedir a fuga.
O tempo foi passando. Logo chegou o carro da funerária para o cortejo. Elas correram até o caixão, pegaram novamente as flores e levaram até o carro.
- Nos levamos essas flores aqui. Pode deixar? – Disse Fátima.
- Vocês são as melhores amigas que ele poderia ter.
Foram até o enterro. Colocaram as flores. Se despediram de todo mundo. Deram uma desculpa qualquer que não poderiam ir para a casa dos parentes, precisavam voltar a Manaus por causa do trabalho.
Chegaram em casa de noite. As duas juntas, e começaram planejar a desculpa para Maria, por não terem ido ao velório do velho. A verdade não poderia ser contada, afinal quem ia acreditar nesta historia.