A imagem vendida

Abri os olhos e não vi mais nada que uma dura realidade onde palavras bonitas não podem e nem conseguem descrever a a desgraça das almas que se dizem vivas, mas na verdade estão entorpecidas na sua morte vivida, onde a felicidade pode ser comprada e o amor e a compaixão estão escondidos no sótão vazio, trancado por cada um, em seu coração.

Levantei da cama buscando meus chinelos mas meu pé quente encostou no chão da falsa moralidade e por um momento o arrepio, o medo, quase me convenceu a voltar pra cama e fingir que nada acontecia, como todo mundo dormia em sonhos embalados pela televisão.

Minhas roupas se moldam a imagem vendida, meu corpo é criticado, de mim tentam roubar a vida.

Do lado de fora tentam convencer-me sobre o caminho da minha própria opinião, mas não paro, desvio de pessoas fantasmas e busco incansavelmente a rua utópica, da liberdade de expressão.

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 04/10/2012
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