O Segredo de Brokeback Montain - In-contos

Muito se falara deste filme na mídia: ganhador de Oscar; indicado a vários prêmios; cartazes do filme muito bem elaborados no qual uma montanha de rara beleza se via, juntamente, com um auréola como se fosse um disco-voador a pairar acima da montanha.

O muito falar de mídia, as críticas ao filme, fizeram com que me decidisse a assistí-lo; sem contar que o título era bastante sugestivo : O Segredo de Brokeback Montain, parecia sugerir um filme de ficção, mistério, suspense; algo assim, enfim.

Data certa de um dia qualquer ( que não faço questão nenhuma de lembrar ), eu e minha mulher fomos ao cinema e ao vê-lo em exibição não hesitamos e lá fomo nós, como dois coelhinhos alegres a saltitar cinema adentro.

- Oh, Meu Deus, Santa Burrice deste que vos fala. Que Inferno foi

aquilo !!!.

Lá pelas tantas, meio filme andado, dois jovens mancebos- vaqueiros -

na dita montanha, à noite, frio congelando, decidem dormir na mesma tenda a fim de que o calor corporal de um aquecesse o do outro e daí

vai...

- Raios. Trovões me partam. Que tristeza indizível, que dá de mim mesmo. Que vontade de rir e gargalhar, tirando sarro da minha cara

incrédula ao ver o que via.

Incontinenti, quis me mandar, à metade do filme e que o resto fosse às

favas , mas minha mulher com pulso forte agarrou-me, dizendo:

- Não foi você que escolheu o filme ???. Não foi você que quis assistir ??. Pois, fica até o final que eu não vou sair.

A costumeira pipoca que tinha comido com tanta satisfação, ao longo

da cena da tenda, ameaçou fazer caminho inverso e ensaiei algumas tossidas como a querer vomitá-las.

- Amigos, ouvi-me, vocês todos que me leem : assistam tal filme aclamado pela critica e, se, em algum momento, sentirem-se no papel dos protagonistas ( dois homens na tenda), acrescentando-se certa dose de prazer a isso; tomem cuidado, sabe-se lá se não vão querer,

também, armar uma tenda ??. Ah, você é casado ??. Mora numa mon-

tanha ??. Cercado de amigos ??. Ah, ah, ah, ah, ah, ah, ah, desculpe-

me a gargalhada.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 04/10/2012
Reeditado em 08/11/2012
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