ESCRAVA DO CORPO

Joelma não podia continuar com aquela situação, afinal, era casada, Rômulo também. E o mais grave: Ambos os cônjuges eram amigos, há anos.

Os casais se conheceram um pouco depois do casamento de Joelma, e desde o primeiro momento, Rômulo chamou a sua atenção. Primeiro pensamentos, depois alguns comentários até que um dia, ou melhor, uma tarde em que Vitor, o marido, estava fora a trabalho, ouviu aquela voz grave convidar: “Que tal um chopinho?”. O convite que parecia normal numa situação entre amigos, foi a oportunidade que consumou os pensamentos e comentários...

Agora, três anos depois, se sentia insegura com a vida. Não havia mais o tezão de antes, mas sobrava a sensação de culpa, principalmente com a atenção, carinho e amor do marido. Não tinha mais como conduzir a situação. Pensava em Helena, a esposa de Rômulo e como era delicada e amável. E pensava em Rômulo que... Não pensava, só transava. Sentia-se presa sem saber como encararia a vida, sem poder voltar no tempo.