Concurso Público - In contos sem data

Antonio Justus há pouco prestara o exame da OAB e com relativa facilidade fora aprovado. Agora, há três dias próximo do concurso pú-

blico, estava ele seguro de si, alegre e confiante, pois, guardava na retaguarda alguns trunfos : fizera vários cursos preparatórios para o

exame admissional no Estado de São Paulo, em que já sonhava defendendo casos servindo à Promotoria Pública.

Não tinha dúvidas de que passaria no concurso, porque, gastara todas as suas economias em todos os cursos preparatórios que pudera fazer. Estava ele mais do que preparado. Em sua cabeça já era Promotor de Justiça.

Dia 05 de Novembro - a data marcada para o concurso - às 08:00 da

manhã.

Na noite anterior, Justus, toma um comprimido para a ansiedade; acerta o despertador para a 06:45. O local do exame era um pouco distante,se bem que ir de metrô o faria chegar mais cedo. Assim, no dia aprazado, lá está Justus. Chegado ao local que fora, sente um estranhamento; algo está errado. Onde está todo mundo ?. Cadê o

pessoal ?. Então, dirigi-se aos portões de entrada e os percebe tran-

cados. Não é possível, será que o pessoal já entrou ? ?. Mas está

marcado para às 08:00 e ainda faltam 15 minutos para às 08:00.

Não se contem ante tamanha injustiça - convenhamos que um futuro Promotor de Justiça deva, ao menos, conhecer as leis, se não um pouco, mas muito e Justus conhecia, sabia tudo que podia sobre leis.

Se estiver sendo injustiçado,saberia recorrer aos orgãos legais e, certamente, ganharia o direito de participar do concurso, por isso, já

descontrolado, com raiva gritou pelos porteiros, quando, simplesmente,

surgiu um, lá no fundo, caminhando,calmamente, até ele e sem esperar

Justus dizer alguma coisa , foi, logo, dizendo:

- O senhor está atrasado 1 hora; não pode entrar e, por gentileza, retire-se.

justus não entendeu. Como estava atrasado ? ?. Impossível. Ainda faltavam 15 minutos, ou melhor, agora 10 para às 08:00 - refletiu ele, olhando o relógio.

Ante a confusão estampada no rosto de Justus, o porteiro esclareceu:

- Escute, amigo, estamos no horário de verão e...

Justus não ouviu mais.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 20/09/2012
Reeditado em 08/11/2012
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