Andando - In contos
Caminhava pela avenida. Gente coloridas de pernas desnudas clamando prazer.Esquinas de outros viandantes, soltando imensas fumaças. Vagavam eles nas nuvens sem consciência de si mesmos. Perdidos esta-
vam.Outros tantos desesperados murmuravam anseios, colhendo poucas esperanças de notívagos vagabundos. Ainda, choravam escondidos em
suas almas sem esperanças.
No entanto, o copo aquecia e anestesiava a dor pungente de querer
ser o que não era.
Retrato imundo pintado pela vida daqueles que em si mesmos se perderam. E a Sociedade feita dos mesmos seres os esquecia, os abandonava. Eram eles retratos feios de uma sociedade civilizada. A civi-
lização desenvolvida não admite a feiura, por isso as esconde, ignorando-as: seres do mesmo seio.