Sol Brilhante
Em uma tarde de inverno com cara de verão, o sol brilhava tanto que doía a vista, ele batia nas janelas do prédio em frente e refletia no meu apartamento doendo até a vista.
Ao olhar pela janela do último andar do prédio e ver aquele sol lindo deslizando nas vidraças, invadindo as moradias, e eu aqui sozinha, sem nada para fazer em uma tarde de sábado, deixando a vida passar, o céu apresentava-se no mais claro azul, não se via uma só nuvem. Vez ou ou outra a van que subia com os moradores chegava, e todos desembarcavam, fazendo um certo alarde, logo todos pegavam o elevador e iam para o seu apartamento.
Em em meio a depressão chego na janela de onde avisto a Baía de Guanabara, com os barquinhos a navegar lentamente, com o barulho das ondas batendo no casco, chuá, chuá, chuá, apreciando o sol lindo . Os jovens passeando de jetski, outros na areia da praia, sentindo aqueles grãozinhos de areia massageando os pés, o pão de açúcar com o bondinho subindo e descendo, com turistas a apreciar tamanha beleza.
O Cristo Redentor de braços abertos, como que a querer nos abraçar. A Floresta da Tijuca linda, maravilhosa, de um verde relaxante. E a visão da praia de Copacabana, as pessoas jogando vólei, futebol, peteca, frescobol, outras mergulhando naquela água gelada e maravilhosa, as ondas de quase três metros, outros tomando caixote na praia, gente caminhando, andando de bicicleta, turistas por todo lado, dia lindo , tarde ensolarada, todos aproveitando a vida lá fora, e eu aqui no meu AP. Chega a ser nostálgico, como se pode deixar a vida passar, escorrendo pelos dedos, horas que não voltam mais. Enquanto os outros vivem lá fora, eu aqui nesse apartamento sem nada para fazer.