Saudade - In-contos

Sentia ele assim algo de não-sentir; um vazio quase repleto de nada.Indefinível vestir este algo,tanto comum como de incomum,com as

roupas das palavras que melhor o expressasse.

Espaço como desenho rascunho amorfo em que se percebe a imensidão da falta;ausência do novo velho já perdido na distancia de um minuto.O perceber-se a si mesmo; só,ausente do que o fazia presente,leve sentir,pesado enquanto dura o retrato pendurado na

na estante da mente,pois,é,só lá que existe o existível,o vivível,que foi aqueles idos de outrora em que braços morenos o abraçavam de um amor sem igual do agora,sem o saber porque.Apenas,existe este

lamento mudo fixo no olhar que não vê o exterior.

Apenas chora a saudade que mora,ainda ali, resistente,firme e forte no coração morrente de si em vida.

A indefinível saudade sem roupa que a sirva,pois a Dor, sua serva,é

quieta,muda,incorpórea.Somente os olhos a revela em sua nudez integral.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 19/08/2012
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