Saudade - In-contos
Sentia ele assim algo de não-sentir; um vazio quase repleto de nada.Indefinível vestir este algo,tanto comum como de incomum,com as
roupas das palavras que melhor o expressasse.
Espaço como desenho rascunho amorfo em que se percebe a imensidão da falta;ausência do novo velho já perdido na distancia de um minuto.O perceber-se a si mesmo; só,ausente do que o fazia presente,leve sentir,pesado enquanto dura o retrato pendurado na
na estante da mente,pois,é,só lá que existe o existível,o vivível,que foi aqueles idos de outrora em que braços morenos o abraçavam de um amor sem igual do agora,sem o saber porque.Apenas,existe este
lamento mudo fixo no olhar que não vê o exterior.
Apenas chora a saudade que mora,ainda ali, resistente,firme e forte no coração morrente de si em vida.
A indefinível saudade sem roupa que a sirva,pois a Dor, sua serva,é
quieta,muda,incorpórea.Somente os olhos a revela em sua nudez integral.