Cotidianamente sempre - In-Contos

Nunca se apagará da memória dela aquelas tristes lembranças de ver todo dia a mãe saindo cedinho que cedo,apressadamente,para o

o trabalho.

A mãe, sempremente,levantava cedo;e mal tinha tempo de tomar um cafezinho preto pela manhã, porque era necessário correr,pois que a fome não tinha hora.Urgente era alimentar a vida dela própria e a dos filhos.Filhos tantos que o pai não se preocupava em fazê-los,afinal o parto não era dele;nele nada doía;apenas o trabalhar e gastar o pouco no muito em que bebia.Difícil vida aquela.

A mãe,empregada doméstica,que era,limpava a casa dos outros e, os filhos mais velhos deviam limpar a casa na ausência da mãe.Vezes existia que a irmã mais nova chorava,deste chorar tão pequenino que

contaminava os irmãos mais velhos e chorar não era opção.Os irmãos

apenas,pediam que ela se calasse,pois o almoço mal e mal já estava sendo feito.

O almoço,normalmente,simples.O arroz,feijão e quase sempre nada.Mas ao voltar a mãe,depois do trabalho,sempre trazia restos do almoço dos patrões para os filhos comerem, e que alegria tomava conta dos filhos por simplesmente comerem mais.E,no jantar,todos sorriam e a mãe cansada,doente que já era,iluminava seu rosto num sorriso que refletia a vitória de um dia no cotidianamente sempre.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 18/08/2012
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