À BEIRA DO CAMINHO...
Dia desses sentado sozinho em um banco de praça notei a velocidade que as coisas fluim à minha volta, notei que as pessoas não se davam conta de quanto estavam aflitas, apressadas, estressadas em meio a turbulência do dia, notei o absurdo com que o dia passa sem sentido para algumas pessoa e logo ví o meu posiconamento naquele contexto, estava eu alí notando tudo e ao mesmo tempo notando nada, olhava introspectivo para meu ser e não conseguia notar algo diferente daquilo que tanto notava nos outros e no que via do dia.
A vida simplesmente estava me pregando uma peça e me mostrando um cenário muito cruél, de tanto notar nos outros e em situações eu esquecerá de notar na principal pessoa, em mim.
Então passei a notar a minha vida , consegui por instantes isolar-me daquele mundo notório e voltar-me pra dentro de mim, e ai sim notei que a mesma aflição apressada e estressada que notei a poucos minutos nos outros também ecoava em mim de forma mais silenciosa porém não menos perigosa e com isso deixei de notar e passei a vivenciar tudo isso, passei a viver a realidade nua e crua, passei a viver e aceitar o novo, passei a conviver com o passado cada vez mais distante, passei a viver o agora, passei a viver o meu dia e não me projetar no dia dos outros, comecei a viver o simples e aprendi muito com isso, e ai sim aprendi que somos únicos pra nós mas que estamos inseridos em tudo ao nosso redor, aprendi a respeitar mais os sentimentos, aprendi a não se entregar facilmente, aprendi que a vida e muito para que a tornea-mos insignificante, aprendi a não projetar problemas, aprendi que o respeito faz parte da educação aprendida, e enfim acho que com isso cheguei perto do amor.
E com tirei uma conclusão: Hoje NOTO muito pouco, VIVO mais intensamente e certamente APRENDO muito com a vida, porque essa sim não se estressa, não é apressada e tampouco aflita e sim que somos nós que a transformamos em tudo isso, portanto hoje só vivo.
Fernando