A escada e a morena de minissaia
Aldair não era do tipo de pessoa que se prestava a exageros. Nunca dormia tarde, nem bebia mais do que o elegante, e jamais se arriscava em aventuras desnecessárias.
Aldair poderia parecer acomodado, mas na verdade ele era apenas um homem que gostava da rotina, e que acostumara com ela. Desde os dezoito anos trabalhava no mesmo lugar, uma biblioteca pública, não pretendia sair dali, gostava de livros. Teve alguns namoricos, mas nenhuma mulher agüentava essa rotina, essa falta de emoção, e por isso, estava chegando aos quarenta, solteiro.
O apartamento de Aldair era mobiliado com a mesma mobília que a avó tinha deixado para a mãe, e a mãe tinha deixado para ele. Móveis velhos, com cheiro de velho, que deixava toda a casa com um ar sombrio e velho, mas que lhe despertava muitas lembranças, e isso era inegociável.
Aquele dia começou como um dia normal. Aldair levantou, se arrumou, abriu a porta, saiu e a fechou, desceu devagar cada degrau que dava do segundo andar para a portaria. Descia lentamente, ainda bocejando e pensando que hoje era dia de organizar os livros de filosofia na biblioteca.
Quando chegou ao último lance de escada, eis que o demônio apareceu em forma de gente. Morena, olhos verdes, um metro e sessenta e cinco mais ou menos, cabelos escuros, longos, sorriso brilhante, olhar penetrante, e um par de coxas esculpido com perfeição a mostra dentro de uma minissaia jeans.
Aldair suou quando a viu, suas pernas bambearam e ele paralisou. Ela que trazia um pacote de compras na altura dos peitos, além de mais uma sacola na mão também parou, encarou-o como nunca ninguém o tinha feito e com um sorriso destes que derrete o coração dos broncos, desferiu as primeiras palavras.
“Oi moço? Eu sou a Ju, sua vizinha nova, moro no 311, você me ajuda com as compras?”
Aldair não conseguia falar, estava em choque, apenas resmungou um sim, enquanto ela soltava as compras na escada. Quando ela baixou para solta-las, ele viu seus peitos lutarem para saltar para fora da blusa. Seu corpo arrepiou, ela olhou para ele e mais uma vez riu, depois pegou uma das sacolas e deixou a outra para ele.
Ela ia à frente. Ela rebolava a cada degrau, ele tremia a cada degrau. Ele perdeu as forças, ela ganhou três degraus de vantagem, e ai o coração de Aldair se aproximava do ponto de infarto.
A cada passo que dava, ela rebolava, e cada rebolada a minissaia, voava de um lado para o outro, e ele podia ver rapidamente a sua calcinha branca. Ele tentava não olhar, sua mente não obedecia e seus olhos ficavam grudados na bunda dela. Ele podia ver com tamanha perfeição que não conseguia falar, nem entender os reclamos que ela fazia sobre a escada.
Eles chegaram enfim ao terceiro andar. Ela se dirigiu e abriu a porta do apartamento que estava só encostada. Ele a seguiu.
“Obrigado moço! Aceita um café? Qual seu nome?”
Ele não conseguia falar, largou as compras sobre a mesa, e pela primeira vez se deu conta que estava realmente excitado, e que sua excitação estava à mostra, teve vergonha, “o que será que ela vai pensar de mim, que vergonha, vai achar que sou um tarado.”
“Moço!?” insistiu ela.
“Aldair. Estou atrasado pro trabalho.” Sua voz saiu mais rápido que locutor esportivo no rádio.
E antes que ela pudesse argumentar ou insistir ele virou e se dirigiu para a sala, cruzou por ela, passou pela porta, desceu dois degraus da escada por vez, e saiu na rua. Lá ele parou, olhou para os dois lados, ficou paralisado por alguns instantes, precisava recuperar o ar e os sentidos antes de descobrir para que lado ficava a biblioteca.
Aldair poderia parecer acomodado, mas na verdade ele era apenas um homem que gostava da rotina, e que acostumara com ela. Desde os dezoito anos trabalhava no mesmo lugar, uma biblioteca pública, não pretendia sair dali, gostava de livros. Teve alguns namoricos, mas nenhuma mulher agüentava essa rotina, essa falta de emoção, e por isso, estava chegando aos quarenta, solteiro.
O apartamento de Aldair era mobiliado com a mesma mobília que a avó tinha deixado para a mãe, e a mãe tinha deixado para ele. Móveis velhos, com cheiro de velho, que deixava toda a casa com um ar sombrio e velho, mas que lhe despertava muitas lembranças, e isso era inegociável.
Aquele dia começou como um dia normal. Aldair levantou, se arrumou, abriu a porta, saiu e a fechou, desceu devagar cada degrau que dava do segundo andar para a portaria. Descia lentamente, ainda bocejando e pensando que hoje era dia de organizar os livros de filosofia na biblioteca.
Quando chegou ao último lance de escada, eis que o demônio apareceu em forma de gente. Morena, olhos verdes, um metro e sessenta e cinco mais ou menos, cabelos escuros, longos, sorriso brilhante, olhar penetrante, e um par de coxas esculpido com perfeição a mostra dentro de uma minissaia jeans.
Aldair suou quando a viu, suas pernas bambearam e ele paralisou. Ela que trazia um pacote de compras na altura dos peitos, além de mais uma sacola na mão também parou, encarou-o como nunca ninguém o tinha feito e com um sorriso destes que derrete o coração dos broncos, desferiu as primeiras palavras.
“Oi moço? Eu sou a Ju, sua vizinha nova, moro no 311, você me ajuda com as compras?”
Aldair não conseguia falar, estava em choque, apenas resmungou um sim, enquanto ela soltava as compras na escada. Quando ela baixou para solta-las, ele viu seus peitos lutarem para saltar para fora da blusa. Seu corpo arrepiou, ela olhou para ele e mais uma vez riu, depois pegou uma das sacolas e deixou a outra para ele.
Ela ia à frente. Ela rebolava a cada degrau, ele tremia a cada degrau. Ele perdeu as forças, ela ganhou três degraus de vantagem, e ai o coração de Aldair se aproximava do ponto de infarto.
A cada passo que dava, ela rebolava, e cada rebolada a minissaia, voava de um lado para o outro, e ele podia ver rapidamente a sua calcinha branca. Ele tentava não olhar, sua mente não obedecia e seus olhos ficavam grudados na bunda dela. Ele podia ver com tamanha perfeição que não conseguia falar, nem entender os reclamos que ela fazia sobre a escada.
Eles chegaram enfim ao terceiro andar. Ela se dirigiu e abriu a porta do apartamento que estava só encostada. Ele a seguiu.
“Obrigado moço! Aceita um café? Qual seu nome?”
Ele não conseguia falar, largou as compras sobre a mesa, e pela primeira vez se deu conta que estava realmente excitado, e que sua excitação estava à mostra, teve vergonha, “o que será que ela vai pensar de mim, que vergonha, vai achar que sou um tarado.”
“Moço!?” insistiu ela.
“Aldair. Estou atrasado pro trabalho.” Sua voz saiu mais rápido que locutor esportivo no rádio.
E antes que ela pudesse argumentar ou insistir ele virou e se dirigiu para a sala, cruzou por ela, passou pela porta, desceu dois degraus da escada por vez, e saiu na rua. Lá ele parou, olhou para os dois lados, ficou paralisado por alguns instantes, precisava recuperar o ar e os sentidos antes de descobrir para que lado ficava a biblioteca.