Sua opinião é muito importante

Me chamo Marco Antonio, acabei de completar 22 anos. Aqui vou contar um pouco da minha história, um pouco da minha vida. Eu era um jovem cheio de planos. Possuía uma Família, alguns grandes amigos, trabalho, namorada, escola... Enfim, eu tinha a felicidade em minhas mãos. No trabalho sempre fui bem sucedido por ter sempre uma grande força de vontade. Na faculdade cursava o terceiro período, onde, realizava um dos meus sonhos que era me formar em medicina. E minha família? Éramos todos unidos. Mas infelizmente, hoje isso pra mim não existe mais, pois perdi tudo da noite para o dia. Com lágrimas nos olhos, digo que parte de mim foi arrancada quando decidi seguir esse caminho. Era uma tarde qualquer, de um dia qualquer, do verão de 2010. Eu saí mais cedo do serviço com destino à faculdade, mas no caminho encontrei com uns colegas que há alguns anos não os via. Á princípio foi àquela coisa. Papo vai, papo vem e surgiu um convite. Jamais imaginei que seria daquela forma e, na inocência aceitei. Pegamos o ônibus e nos dirigimos a um bar próximo ao “point” da cidade e em meio a tanta empolgação por aquele encontro inesperado começamos a nos divertir. Bebemos, comemos e caímos na gargalhada. Até aí estava tudo bem. Mas Phellipe, que era o mais velho entre a gente, começou a ir ao banheiro constantemente. No início achei que era o efeito do álcool, mas em uma das vezes ele voltou com um jeito grotesco, agressivo e anormal. Depois, começou ir o Jhonny, o mais novo da turma. Toda hora ia e voltava, mas que não chegou demonstrar tal efeito. E por fim, começou Paulinho que na época tinha a minha idade. Eles eram, até o momento pra mim, caras legais, cheios de saúde, mas a partir do instante que os vi voltarem do banheiro precebi que realmente havia algo errado. Eles estavam alterados, parecia não tinham controle de si, nem mesmo sabiam o que estavam fazendo. Phellipe e Paulinho, ambos me pediram pra acompanhá-los até o banheiro e, como havia dito antes, não imaginava que seria de tal forma. Lá, eu vi que na pia estava um cartão telefônico e um saquinho plástico com uma coisa branca, imaginei que seria sal (grande ingenuidade). Mas, segundo após eles começaram a espalhar aquela substância e fazer carreiras, uma após a outra, eles foram cheirando e ficando cada vez mais distantes e agressivos. Naquele momento, Phellipe teve a brilhante idéia de querer que eu usasse aquela substância que mais parecia um pó e que até o momento era por mim desconhecida. Juro, eu neguei, disse não até quando pude, mas a influência e insistência deles conseguiram me convencer. Eles foram me explicando como era pra ser feito, e depois de alguns minutos de palavras, fui em frente. A primeira carreira foi estranha. Na segunda eu já não sentia mais minhas narinas e na terceira eu estava começando a ter delírios. Aquilo foi uma experiência diferente, ilegal, mas que no fundo havia me dado a liberdade de poder ir/estar onde eu quisesse. Saímos do banheiro e continuamos naquele lugar por algumas horas e quando já tarde da noite, nos dirigimos a uma boate onde Jhonny tinha influência com o dono e alguns que ali freqüentavam. Lá dentro era uma coisa de outro mundo, tudo podia tudo liberado. Mulheres, bebidas e aquele estranho “pó” que tinha experimentado horas atrás. Dançamos, bebemos e bebida após bebida eu perdi o controle da minha situação e comecei a usar aquele pó sem parar. É engraçado como que a galera se divertia com minha situação. Cada carreira, cada cheiro, ele diziam que eu estava indo muito bem e que aquilo só seria o começo. Naquele momento eu já não raciocinava mais, meus neurônios foram tomados pela alucinação, pela "magia" daquilo tudo. As mulheres me rodeavam, alisando, pegando-me e querendo mais, cada vez mais do que aquilo. Só que a força que no momento me prendia naquela química era incontrolável. Foi por volta de três da madrugada quando me apresentaram o cigarro de maconha. Aquele cheiro era horrível mais nem liguei. No primeiro trago eu não soube como fazer e acabei me atrapalhando, engasguei e coloquei tudo que havia ingerido pra fora. Mas logo fui me acostumando. Como dizia a galera: “Cara, você leva jeito pra coisa.” Minha situação naquele momento era catastrófica, meus olhos estavam vermelho feito fogo, minha face estava inchada e meu coração pulsava a mil. E eu, que já não era mais inocente na história, estava indo para o caminho que jamais imaginei. Cheguei a certo ponto em que não agüentava mais ficar em pé. Com a ajuda de Paulinho, Maycom e outros dois rapazes que ali estavam, fui levado para um sofá onde havia duas garotas se embriagando. Não sei ao certo. Mas naquele momento, mesmo não estando mais lúcido, me bateu um desespero tão grande. Recordo-me perfeitamente das palavras ditas naquele momento para aquelas garotas: “Me tirem daqui, por favor.” Elas me olhavam e começavam a gargalhar. Depois disso não lembro mais do que aconteceu. Meu coração por minutos parou de bater e apaguei. No outro dia acordei jogado em uma rua da cidade. Eu estava imundo, me sentia a pessoa mais suja do mundo com tudo aquilo que havia acontecido. Procurei no bolso da minha calça algum trocado pra comprar alguma coisa, pois a fome me consumia. Nada. Aqueles que disseram serem meus amigos me levaram até o ultimo centavo. Sem saber se quer que dia fosse, fui pra casa e no caminho fui pensando em qual desculpa daria para meus pais. E quando em fim cheguei encontrei meus pais aflitos na sala. Com os olhos inchados e com sinais de quem não havia dormido, minha mãe correu ao meu encontro em meio às lágrimas que rolavam em seu rosto me abraçou. Nesta hora meu peito rasgou e a angustia que se misturava com o medo apertou meu coração e o choro veio à tona. Eu não podia contar a verdade, pois o que meus pais pensariam de mim? Justo eu que era o orgulho da família. Com aquele aperto no peito, omiti parte da história e assim ficou. Depois de contar aos meus pais, fui tomar banho para tirar um pouco daquela sujeira que estava em mim. Debaixo do chuveiro, chorando, me culpei por tudo aquilo. Me culpei por não ter sido forte o bastante para aguentar a influência, aqueles pedidos. Caiu à noite, nasceu o dia e eu voltei a minha rotina. Casa, trabalho, faculdade e casa novamente. Mas, no decorrer dos dias notei que eu estava estranho, que havia algo errado comigo. Talvez fosse coisa da minha cabeça, mas… Comecei a sentir vontade de fumar novamente aquele cigarro. Nas primeiras semanas após esse desejo, comei achar que havia já sanado esta vontade. Engano meu. Desta vez ela voltou, e voltou mais forte. Comecei então, sem perceber, agir de forma estranha com as pessoas. Em casa meus pais se preocupavam. No trabalho, a pressão começou a me fazer ficar com mais vontade ainda. E na faculdade, as brincadeiras caiam matando em cima de mim. Então comecei a me afastar das pessoas, pois, acreditava que isso me ajudaria. Tolice minha. A cada dia aquele desejo só aumentava e chegou um dia que não consegui controlá-lo. Era terça feira, por volta de oito da noite na aula de antropologia médica, consegui contato com um rapaz da turma ao lado. A ele pedi que me indicasse alguém com quem eu pudesse arrumar aquele cigarro. Dito e feito, consegui. Fumei um, dois, três. Chega, não podia mais continuar. Fui pra casa leve, viajante, diferente. De algumas semanas já passadas, a relação saudável que tinha com meus pais já não era mais a mesma. Tudo pra mim era motivo de briga. Ficava nervoso com qualquer coisa ou nada. Preocupados, meus pais só tentavam me ajudar, mas eu não enxergava isso e me isolei por alguns dias deles. Agora, todos os dias já usando maconha, minha vida era uma completa loucura. Da maconha conheci o crack e outros tipos de entorpecentes. Finalmente, consegui viciar. Minha aparência física não era mais a mesma. Dentro de poucas semanas emagreci alguns quilos. No serviço, meus gestores já não satisfatórios com meus resultados decidiram que era melhor eu estar sendo desligado da empresa. E agora, como eu iria sustentar meus vícios? Larguei a faculdade e com ela, larguei também à namorada. Minha vida tinha passado a se resumir naquela louca alucinação. Passados dois meses começou a me faltar dinheiro e a única alternativa que encontrei, foi começar a vender algumas coisas de valor que eu tinha. Vendi relógios, bonés, chinelos, tênis, roupas de marca e outras coisas mais por preços insignificantes apenas para poder comprar e consumir aquela droga. Quando minhas coisas acabaram, comecei a pegar as de casa. Vendia as coleções de panelas da minha mãe e algumas outras coisas de valores. Do meu pai, cheguei a pegar umas ferramentas antigas para vender. E daí, passou das coisas de casa para as coisas da rua. Comecei a fazer pequenos furtos. Meu vício aumentava cada vez mais e mais. Para piorar a situação meus pais descobriram tudo. Quiseram tentar me deter, mas não conseguiram, infelizmente.

Caros colegas leitores, boa noite!

Esta história acima descrita está sendo elaborada por mim a alguns dias. Gostaria da opinião de vocês sobre o contexto. Devo acrescentar que a história ainda não está completa, portanto, posso fazer algumas modificações. Se possível, gostaria que opinassem e dessem suas críticas ou outros.

Att,

Deivid Gava
Enviado por Deivid Gava em 03/08/2012
Reeditado em 04/08/2012
Código do texto: T3812603
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