Veredas do meu grande sertão

Nas veredas do meu grande sertão um bezerro esvai o resto de energia do gado, magro – numa cena que é eternizada na leve e singela mata branca da caatinga.

O carnaubal das poucas úmidas terras dança no sopro dos ventos na medida em que observa o voo dos pássaros.

A serra, lá longe, enche de esperança o sertanejo que sonha com uma noite de frio, enquanto os mosquitos da beirada da lagoa saboreiam o corpo da santa moça que idealiza a próxima loucura.

E o amanhecer numa praia, próxima, denuncia o desejo de degustar as nuvens de algodão com a mesma intensidade daqueles que pintam com lentes.