O assopro das velas

No meu último aniversário, enquanto a mesa com o meu bolo estava sendo preparada, Nicole, no auge dos seus 7 anos veio falar comigo:

- Tio, posso apagar as suas velas?

- Ta bom. Respondi.

- Mas só eu! Não deixe a Geovana?!

- Ta bom. Respondi sem dar muito atenção a polêmica que poderia se seguir.

Alguns minutos depois, chegou a Geovana, prima de Nicole, que é 2 anos mais nova que ela.

- Tio, deixa eu apagar as velas, tá? Não deixa a Nicole! E eu pensei ferrou-se, o que é que eu faço? Chamei as duas e falei:

- Olhem só, eu estou fazendo 47 anos, tem velas pra todo mundo apagar! Vamos apagar nós três então, combinados? E as duas concordaram. E no final ficamos olhando para a cara uns dos outros, esperando o momento de assoprar as velas, enquanto cantavam “parabéns” ao tempo que as velinhas foram se consumindo em estrelinhas até acabarem junto com o “parabéns,” e elas virarem um filete de brasa em um palito se queimando e virando fumaça! E ficamos os três com cara de bundões tentando entender qual o momento em que devíamos ter assoprado as velas!