PIC-NIC EM FAMILIA!

Já tive oportunidade de falar sobre este tema em outra ocasião, porém desta feita quero relembrar os agradáveis passeios em família. Os moradores de cidades do interior como nossa querida Ipameri Goiás costumavam ter como lazer principal os deliciosos dias passados á beira dos rios que cortavam a cidade, visitar alguma fazenda ou sitio de amigos.

São os famosos pic nics, preparados com capricho pelas famílias, normalmente não tinham convidados, ou seja, os participantes eram todos familiares, avós, tios e primos. Era elaborada uma lista dos comes e bebes e distribuído entre todos o que levar o que fazer de especial e, vou esclarecer que tinha cada quitute de comer rezando, como se diz.

Papai, Pérsio Pedroso de Moraes era o mais animado, sabe por quê? Era comilão e pedia para a mamãe, Dona Paulina, preparar tudo que gostava o que não era pouco, isso sem contar o que levava sua mãe, nossa avó Totonha e suas irmãs Nenzinha e Zilda que, diga-se de passagem, tinham mãos de fada para cozinhar e faziam de tudo para agradar o irmão caçula. Mas não era só o papai que era comilão, está no DNA dos Pedroso, basta dar uma olhada ao redor.

Havia um lugar especial, chamado Lajeado ás margens do rio do braço, era lindo, frondoso, repleto de árvores que iam se encontrando ao longo do rio, formando uma cobertura com os galhos entrelaçados. Em certos trechos era sombra pura, os raios do sol entravam tímidos por entre as brechas das folhas, parecia que foram cuidadosamente arrumados pelas mãos humanas. Que nada! Era a própria natureza criada por Deus que presenteava os visitantes que ali chegavam, era como se nos dessem boas-vindas.

Ao lado, nas margens, era escolhido o melhor lugar para montar as mesas com os caixotes e bancos que nossos pais cuidadosamente haviam preparado. Tinha muita formiga, mas eram afugentadas com os remédios caseiros, tudo era previsto.

O tio Sinval Jordão, marido da tia Nenzinha, conhecia bem o local e era dos mais entusiasmado, incentivando a meninada a correr, brincar e nadar. O rio era rasinho no Lajeado, tinha muitas pedras grandes que serviam de bancos para todos sentarem, tomar sol e apreciar a natureza.

Como já disse, o rio que corria debaixo da cobertura das árvores, era limpo, raso e sem nenhum perigo. Lembro-me que nós as meninas, Rachel, Júnia e eu ficávamos andando dentro do rio que mal cobria nossos pés, nos deliciando com a refrescante brisa, andando até lá na frente, não muito longe, pois nossos pais pediam para não afastarmos muito. A gente ia rindo, cantando , contando causos, inventando estórias, mas logo voltávamos ao local do pic nic para ficar junto com os outros. Renato, Rone, Samuel e Paulo aproveitavam de tudo, com brincadeiras típicas para garotos, eles eram muito amigos além de primos. A Mirian era nossa priminha mais nova e sempre ficava mais na barra da saia da vovó ou de sua mãe. Vocês sabem né? Meninas maiores ficavam sempre juntas e deixavam as menores de lado, mas este não era nosso caso, a Mirian era uma criança linda e comportada.

Assim o dia ia passando, na maior alegria, sem problemas, todos aproveitando ao máximo aquelas benditas horas. Nem preciso dizer que a gente comia e bebia o dia inteiro, mas... Só íamos para dentro da agua depois de fazer o quilo, nada de nadar com a barriga cheia, o que era obedecido prontamente e ai daquele que desobedecia. Costume né?

Lembro que em um desses passeios, nossa prima Isaurinha que morava em Goiânia participou conosco, tenho até uma foto para provar o que digo. Foi tirada com todos em cima de uma pedra, tio Sinval abraçado a Tia Nenzinha, papai com a mamãe e a minha prima Júnia toda linda no meio deles. Que saudades... Saudades e mais saudades...

Ao cair da tarde, o sol já se pondo no horizonte, a volta inevitável acontecia e sob os raios avermelhados do sol, felizes, contentes e com a certeza de que Deus haveria de permitir outro dia como aquele, encaminhávamos para o nosso lar, porto seguro, benção do nosso Senhor Todo Poderoso. Ih! Já tô ficando muito romântica, vou mudar o rumo dessa prosa. Para meditar:

Olhando firmemente para o Autor e Consumidor da fé, Jesus... Hebreus 12.2. Sônia

Goiânia, 08 de junho de 2011.

LEGENDA: Referências pessoais;

Pérsio Pedroso de Moraes – meu pai, já está com Cristo;

Paulina de Souza Moraes – Minha mãe, já está com Cristo;

Antônia Pedroso de Moraes – minha avó paterna, vovó Totonha, já está com Cristo;

Alice Pedroso de Moraes Jordão – minha tia Nenzinha, saudosa, já esta com Cristo;

Zilda Paranhos – minha tia Zilda, saudosa já esta com Cristo;

Sinval Jordão – meu tio Sinval, saudoso já está com Cristo;

Vitoria Júnia – prima;

Rachel Jordão – prima;

Ana Mirian - prima

Paulo- primo;

Samuel Jordão – meu primo;

Renato Pedroso de Moraes – meu irmão;

Ronaldo Pedroso de Moraes – meu irmão;

Isaura- minha prima que já está com Cristo;

Ipameri- Goiás – cidade do interior de Goiás;

Sônia Pedroso
Enviado por Sônia Pedroso em 25/07/2012
Código do texto: T3795935
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