Encontrar alguém

Tal como a Lua de uma noite escura, entre silêncios e arrependimentos. Sim, todo esse blábláblá de quem faz algo que parecia ser o certo, mas pensa intimamente que tudo estava errado.

A gente nunca sabe quando alguém será importante na nossa vida, não sabemos se uma amizade veio pra ficar ou se durará apenas até o final da festa.

Talvez por coincidência, talvez por necessidade as pessoas se encontrem,seja na fila do supermercado,seja por um e-mail inesperado. A verdade é gostamos de ser individualistas e, no entanto, não sabemos ser sozinhos.

Aprendi a não confiar integralmente. Aprendi a ser simpática e interessada pelos assuntos alheios, porque no fim o ser humano e todas as suas particularidades me instigam, mas não se engane, não tento ser legal. A maior parte do tempo é como se eu não fizesse questão de muitas outras pessoas...

Aí num dia qualquer, aparece alguém que te faz quebrar as amarras e falar da sua vida, aquelas coisas que você não acha interessante e que provavelmente ninguém mais acharia... Te faz pensar que a distancia poderia ser menor,inversamente proporcional a vontade de estar perto...

Você olha no calendário e vê que se conheceram tem poucos dias e que talvez seja tolice pensar em tudo isso, mas dentro de você há uma voz que grita: ”É isso que você procurava, mesmo quando fingia não se importar”

Eu sei que essa voz é a vontade de que seja de verdade e mais que isso, a vontade de que a outra pessoa também sinta...

Bate uma sensação meio boba, uma ansiedade por conversar sobre as bobagens do dia-a-dia. Saber se o outro está bem, se leu aquele livro ou se assistiu a um filme...

E às vezes a gente só quer manter as rosas bonitas e não estragar tudo as colhendo, sem lembrar que não regá-las também é um jeito de se deixar morrer.