Caminhante - In Contos sem Data
Caminhante fluindo o tempo,antes sentindo do que vivendo,pois viver é consequência do sentir...E sentindo corrente em si a fluidez de um rio,foi que acontecimentos sucederam-se. No antes era jovem,prazeroso,rico e
saudável de bens tanto o segurável quanto o insegurável. Amava, o caminhante, este possuir ambos extremos.Pendia ele,ora para um como para o outro.E de tudo que sentia muito pouco vivia,pois parecia a vida de pouco espaço para conter o segurável e, ao mesmo tempo o insegurável.
Tanta a realidade era ,que ora,sobrepujava um ao outro,e,quando o outro vencia,logo sumia-se. Era ele,portanto,caminhante do meio-termo difícil de equilibrar-se sem ora ser um ou outro.O que era de extremo enigma: ser ou ser outro.
Enigma,pois,o Segurável e o Insegurável atravessavam o tempo e o caminhante ( ele próprio segurável ) sofria a ação do tempo.