A FESTA

O dia dos mais agitados. Sol, muita música no ar, água refrescante, e bebidas jorravam. Comida pouca, risadas aos montes! Aquele ajuntamento divertido foi o prelúdio das baladas que se seguiram.

Escureceu e o calor do ar, o calor dos corpos bronzeados e a euforia temperavam os ânimos que não tinham trégua: danças, planos, combinações e o sorteio principal entre eles: quem não beberia e seria o chofer do grupo. Acertado e aceito.

As meninas subiram as escadarias como que fugindo de leão! Ao contrário, corriam em direção ao quarto de roupas, aqueles armários cobrindo as quatro paredes, espelhos em todo canto, risadinhas e olhares firmes. Sabiam que a festa seria de arromba, queriam as melhores roupas, os sapatos mais transados e a combinação de assessórios entre elas era sempre muito estilosa e em nada perdiam para as produtoras de moda das revistas mais qualificadas nessa área.

Correram ao banho, maquiagens, roupas e escolhas... Cada qual em seu quarto e então no horário marcado já ouviam a buzina. Chegava o chofer no blindado da noite. Depois de vários assaltos pela vizinhança e a onda de violência que enfim chegou à cidade em que moravam ficou fácil descolar dos pais seus possantes blindados. E como se tratava de grupo de amigos de infância, ótimos filhos e dedicados jovens profissionais, para as saídas noturnas contavam agora com mais esta mordomia dos seus progenitores.

Claro, já eram bela formosura física e estilo fino e educado de agir admirados, rodeados, paquerados todos eles, rapazes e moças. Grupo assim não havia outro por ali. Jamais faziam escândalos nem exageravam com bebidas. Drogas e cigarro não era parte de seu cardápio. Gostavam de uma boa música e balançar o esqueleto era mesmo com aqueles jovens. A maioria do grupo já fizera aulas de dança de salão. Divertiam-se mesmo a valer!

E parando o carro à entrada do clube, foram efusivamente saudados pelos convidados: chegavam os donos da festa. Enfim a festa pôde começar!