Clara, Enverga Mas Não Quebra

Clara mulher de fibra. Em muitos momentos, ela é igual a bambu, enverga mais não quebra. Seu marido, homem trabalhador, honesto, forte de repente perde o emprego, cai no desespero por pensar na esposa, nos filhos. Com isso, conhece pessoas de caráter duvidoso, no auge da depressão eles lhe oferecerem drogas. Ele experimenta, pensando que irá aliviar sua dor. Bastou uma pedra uma única pedra para se viciar.

E agora, Clara luta contra o mundo em que seu marido se encontra, para salvar o pai de seus filhos, o homem que ama. Ela esta cansada de vê-lo como um morto vivo, sem vontade para mais nada a não ser ir atrás de pedras e mais pedras. A cada novo dia, seu corpo pedi mais e mais. Como também sofre ao vê-lo pegar tudo da casa, sair para vender, a última coisa que pegou foi à lata de leite de seu filho. Por isso decide lutar por ele por sua família, não irá desistir facilmente. Não ira deixar essa maldita droga acabar com sua família, com o seu amor.

Ela sabe que sua luta é praticamente inglória. Mas, não pensa em desistir sabe que irá precisará de força, muita força para salvá-lo. Foi atrás de ajuda, como não achou, tomou uma decisão drástica para salvá-lo. Mandou os filhos para a casa de seus pais. Como o dinheiro que sua família tem lhe dado para a despesa da casa, chama um serralheiro, manda colocar grades nas janelas e porta do seu quarto. Quando o marido chega, já dia raiando depois de uma noite na rua se drogando, deita para dormir, ela o tranca dentro do quarto.

Quando ele acorda, tenta sair para ir trás de mais droga, vê que está trancado, fica bravo, esbraveja, grita, mais ela não cede. Depois chora, tenta convencê-la com chantagem emocional, seu corpo treme muito, pois está fragilizado por causa do vicio. Ela chora junto, mais não o solta, porque seu objetivo é salvá-lo, o libertar da prisão em que vive agora que é muito pior do que as grades que o prende dentro do quarto. Dia e noite, noite e dia ele grita, isso por longos três meses. Seus amigos, família, vizinhos admira a sua luta e força.

Após três meses, ele começa a se acalmar até o dia que a redenção chegou, o marido está livre, seu corpo já não precisa mais da droga para viver. Um vizinho que a tudo assistiu, sofreu junto da luta deles, chega até eles e diz que na empresa que trabalha, tem uma vaga de emprego para ele. Porque conversou com o patrão, contou todo o drama. O patrão pessoa temente a Deus, muito humano ficou sensibilizado, está dando uma nova oportunidade a ele. O marido fica radiante, chora de felicidade. Diz a sua mulher – Clara você é uma mulher de vibra, valorosa, enverga diante dos problemas mais não quebra. Por sua causa hoje voltei a viver.

Lucimar Alves