Caixa de Gepeto- Tema livre- edição nº 7

Caixa de Gepeto 7ªedição

Editorial Caixa de Gepeto

Sempre me disseram que escrever é uma forma de eternizar .Aquilo que escrevo fica presente na história da humanidade. Há anos Platão escreveu sua reflexão que ajudou a tantas pessoas . E ele talvez nem sabia que os seus escritos fossem fazer o que fez. O escritor citado mostra como a palavra não está algemada. Lutero dizia ao ver os seus livros queimados “Podem queimar meus livros, mas não minhas palavras”.Quem tem o poder de prender aquilo que expressamos através dessa arte tão espetacular que é a escrita .As grandes perguntas que todo escritor se faz é:” Quando devo escrever? O que devo escrever? Muitos textos não contém vida. Com o passar do tempo já não existe diferença entre o que escrevo e com a palavra que proclamo. E assim nos tornamos numa única palavra.Assim dizia Clarice Lispector: “Quem é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação.Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados. Acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma ideia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de expressar o meu sentimento”. Que a leitura desses textos iluminem a todos em busca da palavra do coração

Flávio Longo

Existia um homem que se encontrava todo dia na praça com sua

namorada. A praça era bonita, toda rodeada de árvores e flores. Marina era o

nome de sua linda amada e quando ela estava por perto os passarinhos pareciam

cantar algo tão bonito que às vezes ele ousava fechar os olhos e se imaginava no

paraíso ao som daquela linda canção dada de presente por Deus.

Ele a amava tanto que seu coração disparava ao encontrá-la, ao seu

olhar ela era a pessoa mais amável e encantadora que existia no mundo inteiro.

Tudo era lindo!

Existia um homem que se encontrava todo dia na praça sozinho. A

praça era feia e sem graça. Ele sempre se lembrava de um “falso amor”, Marina

era o nome dela, lembrar-se dela fazia com que tudo o irritasse, o barulho dos

passarinhos era um veneno aos seus ouvidos.

Ele a detestava tanto que seu coração disparava ao encontrá-la, ao vê-la sentada

com “outro” na mesma praça em que se conheceram e fizeram juras de amor.

Tudo era triste!

Existia um homem que nunca mais apareceu na praça. A praça para

ele era apenas uma lembrança feliz e triste. Ele conheceu uma moça, Regina era

o nome dela e se apaixonou de um modo tão puro e bonito que parecia que tudo

sempre deveria ter sido assim e isso era uma grande verdade.

Ele conheceu o amor verdadeiro, vitalício que sabia de todos os seus

defeitos e qualidades e ainda assim o aceitava e agradeceu a Deus por nada ter

dado certo em relação à Marina e parou de guardar mágoas dela.

Tudo era real!

fases da vida

Ewelyn

Lidar com a falta de atenção de alguém requer mais observação e menos

sensibilidade da nossa parte. Cada um tem seu jeito de ser e por isso não dá para julgar

plenamente se uma pessoa gosta de nós ou não. Ficar "melindrado" com alguém porque

você não recebeu a atenção que achou que deveria receber é uma furada. Dê tempo ao

tempo, "leia" mais as pessoas e talvez possa perceber que naquele momento "tal pessoa"

precisava muito mais de você, do que você dela. Na dúvida, não julgue, seja gentil da

mesma forma como sempre agiu. Se por acaso o outro estiver realmente agindo errado

com você, não é motivo para vocês compartilharem da mesma energia negativa!

Se quisermos atrair o bem para perto de nós, então, em primeiro lugar, temos que ser

o agente desse bem. Não levar "desaforo prá casa", pode ser o início para levarmos

energias muito piores! Ser bom, não é ser "bobinho", é questão de inteligência, de

tranquilidade de escolhas, não se igualar a quem está errando é estar adiante de qualquer

contratempo desnecessário.

Ser nós mesmos

Aline

O mar com o seu mistério

Que trás sempre um presente

De lugares insuspeitos

E daqui fico vendo:

O mar, o sol, a garça e eu

Com tamanho calor

Ilumina todas as pessoas

o Sol é o rei que se doa

E com tanto calor

Fico admirando:

O mar, o sol, a garça e eu

Vôo para a liberdade

Sem rumo ou destino

Muitos me observam

E tentam tirar fotos comigo

Como garça tenho uma missão

A de voar

Assim por entre caminhos

Eu vejo:

O mar, o sol e a garça...

Sou Eu!

O mar, o sol, a garça e eu

Flávio

A poetiza-profeta Helena Kolody um dia escreveu:"Hoje é o chão

da minha existência". É inspirado neste pensamento que agradeço a todos

aqueles que me ajudaram a construir esse hoje. Esse hoje é onde

passageiramente fixo minha breve existência.

Creio que ele não seja formado por dias e datas fixadas inertemente

nas paredes e calendários. Esse hoje, o meu hoje, é construído pelo Deus que

creio, pelos amigos que tenho e pelas poesias que leio.

Ramires

Agradecimento

“Os