A JOVEM E O COROA
Desde que o conheceu, sentiu um algo diferente.
Definido como simpático, atencioso e charmoso, não tinha corpo atlético, nem um carrão daqueles que contribuem, mas era alguém com um sorriso maravilhoso. Só tinha um detalhe, ela Vera, uma adolescente no auge dos seus dezesseis anos; Ele Valter, um “coroa” de quarenta e três. O que fazer? Investir? Esquecer?
Decidiu:
Numa tarde de chuva, “provocou” um acaso e forçou uma carona. Durante o trajeto a mesma simpatia de sempre. Valter tinha um brilho no olhar, uma voz grave e macia... E um jeito sexy que provocava pensamentos picantes...
De repente, o carro parou num sinal; “É a hora” pensou e atacou. Agarrou o rosto dele e tentou beija-lo. Delicadamente Valter segurou seus braços, sorriu, a acalmou e disse: “Não, eu não quero. Te respeito muito para te ver só como um corpo”.
Seguiram o restante da viagem em silencio e nunca mais Vera tocou no assunto.