A borboleta estranha

A borboleta tão pequenina, estática, imóvel sob a vidraça, fria;

Era tão pequenina que poderia ser confundida com um cisco, enfim era uma borboleta.

Dei um sopro para confirmar o meu instinto e que ela saísse voando, voou baixinho quase pairando no ar, faltavam-lhe energias para voar, apenas saiu do lugar onde se encontrava;

Minutos depois,lá estava novamente naquele lugar, quando abaixei para certificar, assoprei novamente; desta vez ela subiu um pouco mais acima de sua frágil estatura, infelizmente não conseguiu voar com firmeza, que por sinal caiu bem encima do trilho da porta, que triste!

Abaixei e contemplei com os meus sentidos, pensei:

_ É o fim da jornada da inofensiva borboleta; arrisquei novamente em soprá-la pela terceira vez, com maior intensidade; talvez aliviando o seu ultimo sopro de vida.

A minha felicidade foi tão grande ao ver a borboletinha sair em direção do vento que saia da janela qual não pude conter a emoção.

A pequenina foi salva realmente por um destino que a meu ver não tinha mais chances de vida.

Às vezes precisamos de alguns assopros, independentemente da necessidade para sairmos voando na direção do vento; talvez não seja no primeiro assopro, quem sabe no terceiro ou quarto, você poderá voar.

Deus esteja em nossos vôos por todo o nosso viver nesta terrena vida

leuda
Enviado por leuda em 03/05/2012
Reeditado em 05/05/2012
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