EXISTIU UM LUGAR QUE AINDA ESTÁ POR AÍ
Imagine um lugar onde você se sentisse bem por estar ali,
onde as pessoas fossem amigas, unidas e muito trabalhadoras.
Ali, como em qualquer outro ambiente, aconteciam coisas
normais do dia a dia das pessoas, havia gente indo e vindo
para todos os lados, crianças brincando no meio da rua,
idosos e aposentados na porta de casa jogando conversa fora,
enfim, nesse lugar se via de tudo, como em todos os lugares por aí.
Algumas pessoas, moradores ou frequentadores dali, possuíam
características, que as diferenciavam umas das outras,
como por exemplo, um comerciante, um senhor, dono de um bar
a quem chamavam de " FIO ", que não largava mão de uma foice,
isso mesmo, por todo lado onde ele ia, estava lá o seu fio,
segurando a foice, e como ele gostava de tomar uma pinguinha,
era só alguém gritar por ele falando esse jargão. "TÁ BÃO FIO"
e ele logo respondia. "TÁ BÃO FIO É MINHA MARRETA ABENÇOADO".
Antes que você me pergunte, por que ele falava na marreta
e não na foice. É que além da foice, o fio também tinha o hábito
de andar por ali segurando uma marreta nas mãos, e sem falar,
no fato de que ele era torcedor do CRUZEIRO ESPORTE CLUBE,
time tradicional em Belo Horizonte - MG. E se tinha um jargão,
que todos por ali gostavam de ver o seu fio pronunciar, era este.
"Ô MEU PAI EU SOU CRUZEIRO MEU PAI"
"Ô MINHA MÃE EU SOU CRUZEIRO MINHA MÃE".
O fio é só um exempo, de grande personalidade daquele lugar,
chamo ele assim, por saber que não só ali, mas em todo o país,
há homens e mulheres que serão lembrados mesmo após a morte,
pois as pessoas passam mas seus atos permanecem.
E pessoas assim, como o "SEU FIO", a gente não esquece,
mas voltemos agora a falar daquele lugar, conhecido como
VILA CARIOCA, onde, como diz um trecho
da música feita em sua homenagem.
Esta é a história de um lugar maravilhoso
onde só morava gente boa,
onde cada um tinha seu sonho,
todo mundo vivia unido e ninguém era inimigo de ninguém.
Tenho orgulho de dizer que eu morei num lugar maravilhoso
onde todos tinham sonhos, onde ninguém era inimigo de ninguém.
Tenho orgulho de dizer que lá era o melhor lugar do mundo
tô falando da carioca, a vila que hoje existe dentro do meu coração.
Caro amigo (a), se ao ler este têxto, você se identificar
como morador, frequentador, ou mesmo que você
nunca tenha ouvido falar da Vila Carioca, quero te dizer que,
lá era o melhor lugar do mundo para se viver,
e falo isso por experiência própria, fui um dos moradores,
eu, mais do que qualquer outro ali, cansei de gritar.
"TÁ BÃO FIO", e me orgulho ao escrever estas linhas,
e de poder falar de uma Comunidade de Periferia,
desapropriada pela Prefeitura de BH, entre 2007 e 2008,
para dar lugar ao progresso, avanço este que,
fez daquele lugar um imenso espaço vazio, onde antes,
haviam crianças brincando, impera somente o silêncio,
e hoje, ao passar por ali, não mais podemos parar,
nem por um minuto apenas, para ouvir o "SEU FIO" a gritar.
"Ô MEU PAI EU SOU CRUZEIRO MEU PAI"
"Ô MINHA MÃE EU SOU...
E eu, confesso que tinha muito para dizer.
Mas finalizo por aqui, já que estou falando de um lugar
que um dia existiu, mas ele ainda está por aí...
Imagine um lugar onde você se sentisse bem por estar ali,
onde as pessoas fossem amigas, unidas e muito trabalhadoras.
Ali, como em qualquer outro ambiente, aconteciam coisas
normais do dia a dia das pessoas, havia gente indo e vindo
para todos os lados, crianças brincando no meio da rua,
idosos e aposentados na porta de casa jogando conversa fora,
enfim, nesse lugar se via de tudo, como em todos os lugares por aí.
Algumas pessoas, moradores ou frequentadores dali, possuíam
características, que as diferenciavam umas das outras,
como por exemplo, um comerciante, um senhor, dono de um bar
a quem chamavam de " FIO ", que não largava mão de uma foice,
isso mesmo, por todo lado onde ele ia, estava lá o seu fio,
segurando a foice, e como ele gostava de tomar uma pinguinha,
era só alguém gritar por ele falando esse jargão. "TÁ BÃO FIO"
e ele logo respondia. "TÁ BÃO FIO É MINHA MARRETA ABENÇOADO".
Antes que você me pergunte, por que ele falava na marreta
e não na foice. É que além da foice, o fio também tinha o hábito
de andar por ali segurando uma marreta nas mãos, e sem falar,
no fato de que ele era torcedor do CRUZEIRO ESPORTE CLUBE,
time tradicional em Belo Horizonte - MG. E se tinha um jargão,
que todos por ali gostavam de ver o seu fio pronunciar, era este.
"Ô MEU PAI EU SOU CRUZEIRO MEU PAI"
"Ô MINHA MÃE EU SOU CRUZEIRO MINHA MÃE".
O fio é só um exempo, de grande personalidade daquele lugar,
chamo ele assim, por saber que não só ali, mas em todo o país,
há homens e mulheres que serão lembrados mesmo após a morte,
pois as pessoas passam mas seus atos permanecem.
E pessoas assim, como o "SEU FIO", a gente não esquece,
mas voltemos agora a falar daquele lugar, conhecido como
VILA CARIOCA, onde, como diz um trecho
da música feita em sua homenagem.
Esta é a história de um lugar maravilhoso
onde só morava gente boa,
onde cada um tinha seu sonho,
todo mundo vivia unido e ninguém era inimigo de ninguém.
Tenho orgulho de dizer que eu morei num lugar maravilhoso
onde todos tinham sonhos, onde ninguém era inimigo de ninguém.
Tenho orgulho de dizer que lá era o melhor lugar do mundo
tô falando da carioca, a vila que hoje existe dentro do meu coração.
Caro amigo (a), se ao ler este têxto, você se identificar
como morador, frequentador, ou mesmo que você
nunca tenha ouvido falar da Vila Carioca, quero te dizer que,
lá era o melhor lugar do mundo para se viver,
e falo isso por experiência própria, fui um dos moradores,
eu, mais do que qualquer outro ali, cansei de gritar.
"TÁ BÃO FIO", e me orgulho ao escrever estas linhas,
e de poder falar de uma Comunidade de Periferia,
desapropriada pela Prefeitura de BH, entre 2007 e 2008,
para dar lugar ao progresso, avanço este que,
fez daquele lugar um imenso espaço vazio, onde antes,
haviam crianças brincando, impera somente o silêncio,
e hoje, ao passar por ali, não mais podemos parar,
nem por um minuto apenas, para ouvir o "SEU FIO" a gritar.
"Ô MEU PAI EU SOU CRUZEIRO MEU PAI"
"Ô MINHA MÃE EU SOU...
E eu, confesso que tinha muito para dizer.
Mas finalizo por aqui, já que estou falando de um lugar
que um dia existiu, mas ele ainda está por aí...