A Crônica Que Eu Não Escrevi

Anabela amava escrever.

Escrevia tudo o que lhes vinha à mente.

Ora histórias interessantes, ora aborrecentes, ora instigantes, ora desgastantes. No entanto, ela sabia escrever e aquela era a diversão e terapia mais apropriada para ela. Cá entre nós: Acredito que ela amava mais as letras de que a vida!

Certo dia, a escitora despertou sem vontade de escrever nada!

- Nossa! Estaria Anabela doente?

- Como pode ser? Anabela deixar de escrever??? Só mesmo pagando para ver!

A notícia foi-se espalhando em meio aos amigos e conhecidos e todos ficaram deveras preocupados com a novidade.

- Como poderia a ávida escritora, simplesmente cessar seus escritos?

- Como poderia deixar de escrever seus rabiscos interessantes, audaciosos, firmes e complexos vez por outra?

- Não, isto não poderia estar acontecendo!

Havia uma comoção na cidadela onde residia a escritora, mas sabia-se que ela estava decidida a não mais escrever nada.

A mídia, tomando conhecimento do fato, tratou de agendar uma vista à escritora, onde a matéria a ser divulgada ostentaria o seguinte título: "A Revolta das Letras".

Ao ser questionada acerca do por quê de não mais escrever, Anabela afirmou: - Estou fechada para reformas existenciais. Tão logo brote novos estímulos, tornarei a escrever!

A cidade foi tomada por uma festa. Todos torciam para que a ilustre escritora retomasse à rotina de seus escritos tão almejados e queridos por sua legião de leitores.

O tempo passou, Anabela voltou a tomar gosto pelos escritos!

Escreveu uma crônica e a intitulou: A crônica que eu não escrevi!

Seria Anabela ou outro personagem?

Sei lá!

Fátima Burégio
Enviado por Fátima Burégio em 25/03/2012
Reeditado em 25/03/2012
Código do texto: T3574750
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.