O Doutor sem Anel

Mizael era um doutor. Sim, um doutor que não tinha trilhado os percursos de uma faculdade. Não tinha estudado numa instituição de ensino superior, mas para todos, ele era considerado um doutor.

Mizael era um doutor da vida!

Sabia ser educado, sereno, tranquilo e meigo com seus semelhantes. Mesmo com pouca escolaridade, ele conseguiu escrever um livro sobre as "Coisas da Vida" e como torná-la menos intranquila e mais doce.

Aquele ser especial era detentor de várias virtudes: lealdade, probidade, doçura e ternura.

Dava gosto ouvir suas palavras...

Não é exagero anunciar que a sabedoria desceu sobre aquele ser e ali fez moradia fixa.

No entanto, o que mais nos chamava a atenção em Mizael era a sua humildade. Pois é: além de todos estes predicados, Mizael ainda foi agraciado com uma exorbitante humildade.

Falava com seu semelhante face a face. Não baixava o olhar, não desviava a visão, não era mau educado ao ficar teclando no computador enquanto outros falavam com ele.

Sim, porque teclar no computador, olhar no relógio e outras ações feitas quando se está diante de uma pessoa ávida a compartilhar um assunto, é, sem sombra de dúvidas, o cartão postal da falta de educação do indivíduo.

Muitos doutores, mestres e pós doutorados precisam ter algumas aulas com o Mizael.

O doutor sem anel deste conto, existe e é bem mais sábio do que conseguimos relatar aqui neste texto.

Será que ainda existem muitos doutores sem anéis neste mundo?

Responda quem souber!