Flor sistêmica

Algumas vezes nos questionamos os motivos de revolta da população e de algumas personalidades. Aprendemos que elas também têm opiniões e são seguras de sua ideologia. Algumas delas não falam ou expõem o que realmente gostariam de falar, pois podem sujar sua carreira ou imagem no entretenimento. Mas... Há pessoas comuns, quem sabe saia na parte das vozes roucas dos jornais, onde opinam e dissertam, muitas das vezes criticam frivolamente, em contra partida alguns com maestria.

O tempo comanda todo esse sistema de pessoas, tributos, pagamentos e exploração dos bens alheios. O fato de pagar não é o pior, o receber sim, pois ficamos na espera e no aguardo sempre, ás vezes cansamos, melhor comprarmos um estofado confortável a recebermos um bom e esguio assento na sua calçada para passar a tarde e ver o movimento.

O comparo como uma bela flor plana, que em seu núcleo há uma região amarelada e muito vibrante, nos lembra riqueza, tesouro e bonança, muito bela e ela retém todo o fluxo de vida, bem isso acontece na planta, porém no sistema ela suga todo o fluxo de dinheiro, com impostos, tributos, taxas etc., como se uma grande e robusta gigante gorda faminta por dinheiro, assombrando e sentada no chão, suja e com um vestido maltrapido. As pétalas coloradas, exalam a beleza, o charme da juventude e o brilho da primavera. Ah! Como seria feio o mundo sem elas! E elas como se adéquam ao sistema? Da extremidade ao núcleo há uma grande diversidade, as próximas ao tesouro dourado, são os de bens, bairros desenvolvidos e carros garbosos, já os da extremidade são singelos, pois até mesmo nas flores suas extremidades são esfarrapadas pelo tempo e o vento, as tornam menos belas do que seu meio.

De flores e pessoas não podemos surtar de maneira alguma, pois elas adocicam os corações e os lares, os jardins de nada seriam sem elas, já o sistema somos obrigados a participar dele, não há como sair, é um preço pago para sobrevivermos aqui, mas ainda bem que o sol brilha constantemente e não é indiferente para ambos os lados, ao menos ele é generoso.

- M. Leite

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