A vida da trabalhadora
Chegava ela, todos os dias do trabalho procurando as chaves dentro da bolsa. Ufa, até que enfim a axou, apertada para ir ao banheiro abriu a porta rapidamente com uma sensação de desespero. Entrou. jogou a bolsa na mesa que era o móvel ali então mais perto, foi rapidamente ao banheiro. Quando saiu, já tirou a roupa social e colocou algo mais confortável. Assim aliviada, começou rapidamente a preparar a janta, a barriga roncava, desesperada por comida. A janta era simples, o restante do almoço do dia anterior, arroz e carne, e um bife para fritar e comer com salada de palmito. Demorou ali uns 25 minutos preparando tudo, e num ato de desespero sentou e comeu como se fosse sua primeira refeição do dia. A fome lhe era tanta que repetiu o prato por mais uma vez. Então deixou a louça na pia, cansada deitou no sofá e ligou a tv... ficou ali cerca de 40 minutos assistindo, quase pegando no sono. Resolveu então ir escovar os dentes, lavar o rosto ainda grudento do suor do trabalho cansado e deitou-se... tudo doía, as costas estralavam. Assim dormiu, sabendo que amanhã seria mais um dia de trabalho duro, e que tudo aquilo no dia seguinte se repetiria, chegar, ir ao banheiro, fazer a janta, comer, assistir e dormir... como num ciclo vicioso, onde não se tem para onde correr.