Egoismo ...?

Muitas vezes um gesto, olhado por diferentes partes, é interpretado de maneira até contraditória.

Janete apaixonou-se. E era plenamente correspondida.

Certo dia, seu namorado disse-lhe, sem rodeios:

- Vamos ser apenas amigos. Não posso mais namorar você. È para o seu bem que digo isso. Nosso namoro está trazendo muito sofrimento. Nós não fomos feitos um para o outro. O relacinamento está muito dificil.

Indignada, Janete contesta:

- Como você pode decidir o que é melhor para mim, sem nem ao menos me ouvir? E o amor que sinto por você, não conta? E o meu sofrimento, como posso sobreviver a êle?

- Não sofra! Diz-lhe o namorado. Não vale a pena. A vida é mesmo assim. Temos que aprender a ganhar e a perder.

- Seu desalmado! Insensível!, Mau! Egoista! Como pode agir assim?

Choros e lamentações não resultaram em nada. Namoro interrompido.

Passados alguns dias, abalada pela inércia dele, Janete o procura, disposta a obter explicações, mesmo à custa de fortes discussões.

Encontro emocionado. Abraços. Carinho. Finalmente a explicação:

Ele, após o parecer médico sobre um problema de saúde

muito grave, resolvera poupar a namorada, uma vez que o futuro lhe reservara um grande calvário. Não queria compartilhar esse sofrimento com a pessoa que, segundo sua avaliação, merecia um destino maravilhoso, ao lado de alguém que a amasse e pudesse acompanhá-la pelo resto de seus dias.

Abraçados, corações contritos, tentando esconder furtivas lágrimas, anteviram renúncias e sofrimentos - qualquer que fosse a decisão a ser tomada.