A manhã do parque

Lá estava eu em um parque, era um lindo dia Sol e as muitas árvores que por ali estava, proporcionava a sinfonia perfeita do canto dos pássaros, a manhã seguia em seu curso ditado pela natureza, a obra divina desfrutada pelos eleitos que por ali se entregavam ao deleite do esplendor matinal. Num súbito momento avistei aquela criatura maravilhosa irradiada pelos raios solares enfeitando como se fizesse parte daquele cenário natural, era uma linda moça. Meus olhos fixos já nem piscavam, as mãos molhadas de suor, pernas estremecidas e o coração disparado num pequeno espaço tempo que parecia estar ali por muitos séculos, tive todos os sentimentos possíveis por segundos com a boca entreaberta. Precisava dizer, falar alguma coisa, porém, sem coragem a mente ia, mas o físico me retia num delírio eterno de insegurança, mas deveria me opor aos sentimentos contrários, outra chance não haveria, então num ritual como se estivesse inda para guerra, enchi-me de coragem e respirei bem fundo, num salto cheguei bem próximo e disse: - Moça! Seu sapato está desamarrado!... Ela olhou para o calçado rapidamente, baixou e o amarrou bem forte para que não se soltasse mais; agradeceu-me. – Obrigado! Você é um garotinho muito bonzinho. - Ufa! Pensei comigo. Ela poderia ter se machucado. Então, feliz e cheio de orgulho voltei à minha brincadeira com as outras crianças, na inocência da juventude, a manhã seguiu-se na dimensão do mundo infantil inserido naquele cenário extraordinário de beleza, ou vice-versa.