Uma verdadeira mentira
Uma mentira repetida muitas vezes acaba por se tornar uma verdade. Nunca acreditei muito nessa afirmação, pois mentira é mentira e não tem o que mude isso, no entanto a mentira somente se torna uma mentira quando é descoberta como tal, por exemplo, se uma for bem contada e ninguém considera-la uma mentira, mesmo ela sendo, torna-se uma verdade.
Quando eu era um pinsuelo ainda, fiz aquilo que já vi muitos fazerem, inventei uma namorada para mim. Quando você vê toda turma se dando bem com o sexo oposto essa é uma das alternativas para você não ser considerado o mais fraco. Você tem uma possibilidade grande ainda, pois ao inventar uma mulher você pode descrever suas características como bem entender, pode escolher o nome e tudo mais e foi isso que fiz; criei a minha Moniki.
Minha namorada morava numa cidade vizinha, era morena de olhos verde, não muito alta, com um corpo normal, nem magrinha demais e nem gorda, simplesmente normal, mas foi essa normalidade sem exagero que fez com que a turma toda acreditasse. Várias vezes prometi que iria apresentar ela, mas sempre achava uma boa mentira para contar e adiar este histórico encontro.
O tempo ia passando e eu falava tanto da minha Moniki que estive ao ponto de eu mesmo acreditar que ela existia. Não raro eu estava no meu quarto pensando na minha namorada e o que é muito pior, sentindo saudade daquela que eu nunca tinha visto, mas que fazia parte dos meus sonhos ou da minha imaginação.
Um dia decidi que precisava seguir minha vida e meu relacionamento com Muniki não ia ter futuro, estava convencido que era a hora de dar um ponto final nesta relação que já durava meses. Pedi inclusive a opinião da turma que dizia que eu era louco, que precisava seguir com ela, que ela era linda e tudo mais.
Mas foi num domingo a noite que nosso relacionamento ganhou um novo patamar. Um colega que não sei por que cargas d´agua disse que me viu passeando na praça da cidade vizinha com a Moniki e veio me dar os parabéns pela beleza dela. Eu naquele exato momento estava preparado para contar para minha turma que aquilo tudo era uma loucura, mas aquela nova historia me fez reforçar ainda mais o meu relacionamento, e agora não era só eu que contava as historias de minha Muniki mas a turma toda.
Depois daquele dia as coisas mudaram, os guris da turma me respeitavam como o único que tinha uma namorada fixa e linda, as meninas me olhavam diferente como se eu fosse o mais experiente da turma, e desde então passei a ser conselheiro da gurizada.
Quando terminei meu namoro com Muniki, foi por um acaso do destino. Era final do campeonato que a turma estava disputando. Nós perdíamos o jogo por um a zero, e no último minuto tivemos um pênalti a nosso favor. Eu fui bater e errei por muito, mas muito mesmo. Como justificativa avisei que tinha terminado com a Moniki e por isso não estava bem psicologicamente, a turma acreditou de boa, e como amigo é para todas as horas, gastaram algum tempo ao meu lado me consolando pelo pênalti e pela bela Moniki. Logo as meninas da turma se disponibilizaram a me consolar, e então não precisei mais da Muniki. Mas ainda hoje a aqueles que perguntam se eu nunca mais a vi, eu apenas respondo, “pra mim a Muniki é passado.”
Quando eu era um pinsuelo ainda, fiz aquilo que já vi muitos fazerem, inventei uma namorada para mim. Quando você vê toda turma se dando bem com o sexo oposto essa é uma das alternativas para você não ser considerado o mais fraco. Você tem uma possibilidade grande ainda, pois ao inventar uma mulher você pode descrever suas características como bem entender, pode escolher o nome e tudo mais e foi isso que fiz; criei a minha Moniki.
Minha namorada morava numa cidade vizinha, era morena de olhos verde, não muito alta, com um corpo normal, nem magrinha demais e nem gorda, simplesmente normal, mas foi essa normalidade sem exagero que fez com que a turma toda acreditasse. Várias vezes prometi que iria apresentar ela, mas sempre achava uma boa mentira para contar e adiar este histórico encontro.
O tempo ia passando e eu falava tanto da minha Moniki que estive ao ponto de eu mesmo acreditar que ela existia. Não raro eu estava no meu quarto pensando na minha namorada e o que é muito pior, sentindo saudade daquela que eu nunca tinha visto, mas que fazia parte dos meus sonhos ou da minha imaginação.
Um dia decidi que precisava seguir minha vida e meu relacionamento com Muniki não ia ter futuro, estava convencido que era a hora de dar um ponto final nesta relação que já durava meses. Pedi inclusive a opinião da turma que dizia que eu era louco, que precisava seguir com ela, que ela era linda e tudo mais.
Mas foi num domingo a noite que nosso relacionamento ganhou um novo patamar. Um colega que não sei por que cargas d´agua disse que me viu passeando na praça da cidade vizinha com a Moniki e veio me dar os parabéns pela beleza dela. Eu naquele exato momento estava preparado para contar para minha turma que aquilo tudo era uma loucura, mas aquela nova historia me fez reforçar ainda mais o meu relacionamento, e agora não era só eu que contava as historias de minha Muniki mas a turma toda.
Depois daquele dia as coisas mudaram, os guris da turma me respeitavam como o único que tinha uma namorada fixa e linda, as meninas me olhavam diferente como se eu fosse o mais experiente da turma, e desde então passei a ser conselheiro da gurizada.
Quando terminei meu namoro com Muniki, foi por um acaso do destino. Era final do campeonato que a turma estava disputando. Nós perdíamos o jogo por um a zero, e no último minuto tivemos um pênalti a nosso favor. Eu fui bater e errei por muito, mas muito mesmo. Como justificativa avisei que tinha terminado com a Moniki e por isso não estava bem psicologicamente, a turma acreditou de boa, e como amigo é para todas as horas, gastaram algum tempo ao meu lado me consolando pelo pênalti e pela bela Moniki. Logo as meninas da turma se disponibilizaram a me consolar, e então não precisei mais da Muniki. Mas ainda hoje a aqueles que perguntam se eu nunca mais a vi, eu apenas respondo, “pra mim a Muniki é passado.”