A VOZ DO POETA
Rente á mesa,
Puxei a cadeira,
Sentei-me.
Fixei o cotovelo
Direito
Sobre a mesa.
Encaixei meu queixo,
Na manjedoura dos meus dedos,
Repousei meu olhar
Triste e atento.
Minha testa enrugada,
Meu semblante questionava,
Querendo entender
As pequenas histórias
Que dão alma ao protagonista.
Como em outra narrativa
Os fatos literários
Ás vezes se confunde,
Até no delineamento
Da formação retratada
Numa sociedade,
Cópia das descrições
De cada personagem.
O cenário se transforma
De acordo com as organizações das palavras,
É como a idéia,
Do nosso central político,
Apesar dos envolvimentos
Apadrinhamentos e pizzas
Abafando as ondas da corrupção.
Parece esse aquecimento mundial,
A contribuir com os sinais
Do apocalipse.
Alvo de denúncias
No Esquema das Associações,
Desvio de verba pública
Numa formação de quadrilha,
As quais sempre presente
Nos Mandatários e Mandantes,
Abraçando a nossa cultura,
Andam lado a lado.
Nas cenas descritas,
Talvez elas sirvam
Para amenizar toda a energia
Emocional do poeta
Que busca a entender,
A ética que não vem,
Recuperação do som amargo
Onde as inspirações se misturam
E descreve as íntimas regras essenciais
De cada espetáculo.
Até quando...?