Caridade com data e prazo de validade
http://www.paulopes.com.br/
“Tu pagas o trigo com moedas, compras uma terra com dinheiro e adquires uma pedra preciosa com teu ouro. O amor verdadeiro só pode pagar com tua própria pessoa. Podes comprar muita coisa, mas para ser mais humano precisa aprender a amar e a ser solidário."
Santo Agostinho
Deu os últimos retoques na arrumação do improviso de barraca da movimentada esquina de uma das principais ruas do centro da cidade onde, modestamente oferecia seus serviços de sapateiro.
Era fim de tarde do dia vinte e quatro de dezembro, e sua família composta por mulher, um casal de filhos pequenos, um cachorro sarnento e um gato esfomeado nem desconfiavam da surpresa que os aguardava.
Finalmente naquela noite não dormiriam administrando a falta de comida e a fome que mais parecia uma doença incurável, pois para sua alegria e surpresa recebera de seus vizinhos de comércio uma cesta básica, dois panetones, uma sacola cheia de roupas e brinquedos, latas de refrigerantes e até uma sidra!
Enquanto arrumava tudo na garupa da velha bicicleta e rumava para seu barraco na beira da lagoa pensou que ao menos no Natal seus vizinhos o tratavam como gente, compadeciam-se da penúria como vivia, ajudavam-no e era grato por isso.
Pena que ao longo do ano mal lhe dirigissem um olhar.
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“Tu pagas o trigo com moedas, compras uma terra com dinheiro e adquires uma pedra preciosa com teu ouro. O amor verdadeiro só pode pagar com tua própria pessoa. Podes comprar muita coisa, mas para ser mais humano precisa aprender a amar e a ser solidário."
Santo Agostinho
Deu os últimos retoques na arrumação do improviso de barraca da movimentada esquina de uma das principais ruas do centro da cidade onde, modestamente oferecia seus serviços de sapateiro.
Era fim de tarde do dia vinte e quatro de dezembro, e sua família composta por mulher, um casal de filhos pequenos, um cachorro sarnento e um gato esfomeado nem desconfiavam da surpresa que os aguardava.
Finalmente naquela noite não dormiriam administrando a falta de comida e a fome que mais parecia uma doença incurável, pois para sua alegria e surpresa recebera de seus vizinhos de comércio uma cesta básica, dois panetones, uma sacola cheia de roupas e brinquedos, latas de refrigerantes e até uma sidra!
Enquanto arrumava tudo na garupa da velha bicicleta e rumava para seu barraco na beira da lagoa pensou que ao menos no Natal seus vizinhos o tratavam como gente, compadeciam-se da penúria como vivia, ajudavam-no e era grato por isso.
Pena que ao longo do ano mal lhe dirigissem um olhar.