Aprisionados

Existem vários tipos de amor e várias formas de amar.

Gabriele teve sua alma aprisionada a uma incuravel forma de amor.Era maior que a propria dor.Ela amava loucamente um homem.O homem também amava e a desejava com toda intensidade.

Daniel acabou por não suportar as pressões que se levantaram contra aquele amor.Largou tudo e foi-se rasgado,infeliz e amargurado.Fez de tudo para não morrer .Tentou destrair-se,mas traia-se em cada distração.

Gabriele rolou e resolveu-se sobre o amor maior que o mar e mais profundo que o abismo.

Não suportava a ausência do seu homem.Até onde ela soube,ele sofria de agonias e náuseas.Sua alma vivia de batalha para conseguir existir.As guerras nunca cessavam em seu ser.Não havia rémedio para sua dor.

Um dia Gabriele ficou sabendo que ele mudara-se para uma terra muito distante ainda e que de lá,provavelmente jamais voltaria.Exilara-se de tanta dor onde ninguém pudesse falar com ele.

Ela sofreu por antecipação todos os dias de saudades do passado,do presente e do futuro,sem saber que isso não existe.Gabriele morria antes da morte chegar.

Surgiu em sua vida um belo médico inteligente e agradável.Sairam,se relacionaram e tudo mais.Depois de um tempo decidiu-se entregar ao doutor.Sofreu aquela dor horrivel de despir-se sem jamais tirar a roupa.Cometeu esse crime contra sua alma,contra seu amor.

E assim,tentou amar sem amor,enganava-se como podia.

Amar sem amor é mais dificil do que se enterrar vivo!!

O fato é que se casaram assim mesmo! Mas a mulher não se deixou vencer pela média e nem se fez cidadã da comunidade dos que pensando que um dia amaram,apenas trocam de amor como quem muda de meia.Nesse caso,uma horrivel saudade dói menos que a melhor companhia.

Alma nem sempre ama assim,mas quando assim ama,nem a morte curará dessa doença.

Marciela Taylor
Enviado por Marciela Taylor em 27/11/2011
Código do texto: T3359752
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