A emboscada
Duque de Caxias vinha todas as manhãs fartar-se das migalhas deixadas pelos clientes. Chegava voando sem cerimônias, vestindo sua farda marrom e preta. Cheio o pequeno papo, a avezinha européia pousava na estante das biografias, sempre sobre o livro que tinha na capa a imagem do herói nacional que deu-lhe o nome, ensaiava um canto sem graça e ganhava o espaço.
Naquela manhã de abril o pardal militar não viu o gato. Que dó!