'Pau de Sebo"
Terminamos o serviço mais cedo, pois tínhamos pressa em chegar em casa. Com a promessa de compensarmos em outro dia, fomos dispensados pelo administrador por volta de quinze horas.
Fomos diretamente para casa onde já havia deixado um conjunto de roupas limpas para usar na quermesse que há duas semanas acontecia num arraial próximo.
Como todo ano no mês de junho havia a comemoração do aniversário de fundação do arraial.
A quermesse era caprichada, pois tinha de tudo um pouco para alegrar os moradores e visitantes.
Comidas típicas, bebidas e brincadeiras de vários tipos.
Após banharmos, fomos do sítio que morávamos à festa.
Chegando lá, fomos direto para um salão, onde realizava um leilão de comidas, pois queríamos arrematar um frango assado, e tomar alguns copos de cerveja gelada, pois fazia alguns meses que só tomávamos água no trabalho.
De todas as brincadeiras, havia uma que fazia com que todos dessem boas gargalhadas. Era o pau de sebo, que era um mastro colocado no centro do pátio. Não parecia tão difícil galgá-lo. Para ficar pronto colocaram nele uma camada de sebo, que o deixava escorregadio. Fazendo da brincadeira uma missão impossível, mas para incentivar a rapaziada, além dos prêmios, havia também como forma de recompensa, o ganhador seria o par da rainha da festa, uma moça muito bonita que foi eleita a rainha do Arraial.
Quando vi a moça, comentei com meu irmão:
- Acho que vou, pois se conseguir o prêmio compensa a roupa que certamente vai se estragar por causa da cera colada ao tronco.
Bem disse e fiz, com uma torcida que mais parecia a do Corinthians, arregacei as calças tirei os sapatos e lá vou eu. Após sofrer várias tentativas sem o menor êxito, quase chorei quando vi meu irmão que tinha boa lábia conversando e conquistando a rainha da festa. Enquanto tentava limpar as calças com as pernas sujas de graxa vi que meu irmão aos beijos saia com a rainha, para um canto da praça para contarem as estrelas. Fui embora mais cedo, sujo, magoado, e machucado. Jurei por todos os santos, que nunca mais me aventuraria à escalar o malfadado pau de sebo.
Meu irmão ficou com a rainha da festa por algum tempo, mas assim que ela convidou-o a freqüentar sua casa ele perdeu o interesse por ela deixando também de freqüentar o arraial.
Oripê Machado.
Terminamos o serviço mais cedo, pois tínhamos pressa em chegar em casa. Com a promessa de compensarmos em outro dia, fomos dispensados pelo administrador por volta de quinze horas.
Fomos diretamente para casa onde já havia deixado um conjunto de roupas limpas para usar na quermesse que há duas semanas acontecia num arraial próximo.
Como todo ano no mês de junho havia a comemoração do aniversário de fundação do arraial.
A quermesse era caprichada, pois tinha de tudo um pouco para alegrar os moradores e visitantes.
Comidas típicas, bebidas e brincadeiras de vários tipos.
Após banharmos, fomos do sítio que morávamos à festa.
Chegando lá, fomos direto para um salão, onde realizava um leilão de comidas, pois queríamos arrematar um frango assado, e tomar alguns copos de cerveja gelada, pois fazia alguns meses que só tomávamos água no trabalho.
De todas as brincadeiras, havia uma que fazia com que todos dessem boas gargalhadas. Era o pau de sebo, que era um mastro colocado no centro do pátio. Não parecia tão difícil galgá-lo. Para ficar pronto colocaram nele uma camada de sebo, que o deixava escorregadio. Fazendo da brincadeira uma missão impossível, mas para incentivar a rapaziada, além dos prêmios, havia também como forma de recompensa, o ganhador seria o par da rainha da festa, uma moça muito bonita que foi eleita a rainha do Arraial.
Quando vi a moça, comentei com meu irmão:
- Acho que vou, pois se conseguir o prêmio compensa a roupa que certamente vai se estragar por causa da cera colada ao tronco.
Bem disse e fiz, com uma torcida que mais parecia a do Corinthians, arregacei as calças tirei os sapatos e lá vou eu. Após sofrer várias tentativas sem o menor êxito, quase chorei quando vi meu irmão que tinha boa lábia conversando e conquistando a rainha da festa. Enquanto tentava limpar as calças com as pernas sujas de graxa vi que meu irmão aos beijos saia com a rainha, para um canto da praça para contarem as estrelas. Fui embora mais cedo, sujo, magoado, e machucado. Jurei por todos os santos, que nunca mais me aventuraria à escalar o malfadado pau de sebo.
Meu irmão ficou com a rainha da festa por algum tempo, mas assim que ela convidou-o a freqüentar sua casa ele perdeu o interesse por ela deixando também de freqüentar o arraial.
Oripê Machado.