ESTRADA TORTURANTE- PARTE 2

Um longo percurso se segue, caminham entre estradas de barro e longas ladeiras, e a pequena garotinha caminha despreocupada seguindo Josué. Mas de repente o moço com aquele ar de bonzinho, embrenha-se dentro das matas e fala para Ana:

-Não saia daí!

A pobre menina, fica sozinha na beira da estrada, a olhar para os cantos, trêmula e apavorada por está sozinha. Olhava a procura de alguém, que porventura a tirasse daquele lugar torturante.

Depois de algum tempo, sai o moço e diz:

-Ana! Vem aqui! Fique calada, não grita, não chora e fique quietinha! Não vou fazer nada, só quero que fique aqui.

E embrenhava-se no mato puxando a indefesa criança, que na sua mente procurava entender o que estava acontecendo, mas não entendia, apenas achava estranho aquele novo percurso, pois era mata fechada e apenas ouvia-se os cantos dos pássaros. Em tão ponto, colocava a menina de costas e diazia-lhe:

- Não olhe para cá!! Escuta, tu não podes dizer nada para os seus pais, nem a sua tia, nem a sua prima, nem a ninguém! Se falar eu mato-lhes! O que vou fazer é normal, faço com sua prima, com suas tias e com outras mais, mas lembre-se não pode contar! Fique aí, parada!

Então ele se distanciava da menina e distante a olhá-la, feito um animal, satisfazia-se a metros da pequena garota. Que se matinha calada, assustada, o medo a havia paralisado. Terminado o ato do covarde, falava-lhe:

- Tome alguns doces.

E dava doces, com um ar de bonzinho, à garota para calar a sua boca. Logo chegaram a casa do moço e sua família. Onde a sua esposa e filha, esperavam-lhes com uma festa, de tão grande alegria de ter a visita da pequena garotinha, nem imaginava o sofrimento que ela havia passado no percurso até aquele lugar.