Pulsação
Às 20 horas do dia 19–10–1990, sexta-feira, em Florianópolis–SC, Naza Poeta Holístico foi assistir à palestra da vivência “pulsação” da vida; seria dada pela psicóloga Ângela Ribas, de Brasília–DF; assistiu, participou, gostou e decidiu participar do curso, que começaria no dia seguinte, no período da manhã. Encontrou amigos e amigas que havia conhecido no curso de Tarot, curso este que tinha acontecido semanas antes, com o facilitador – mestre Veet Vivarta –, discípulo do Osho. O Poeta aproveitou para conversar, trocar idéias e matar a saudade da amizade que já havia iniciado com essas pessoas e, após, próximo das 22 horas, retornou para sua residência. O Poeta sabia que o curso vivenciado seria muito proveitoso e que iria gozar de todos os benefícios que a facilitadora havia mencionado na palestra, ou seja, que, em resumo, o ideal é viver-se bem e intensamente no presente.
No sábado, 20–10–1990, pontualmente às 8 horas e 45 minutos, Naza Poeta Holístico sentia-se calmo e tranqüilo. Relembrou do dia anterior, sexta-feira, quando, a partir das 20 horas, havia assistido a uma palestra que abordou sobre o curso vivenciado – intitulado “Pulsação” –, com a psicóloga brasiliense Ângela Ribas. Eis o resumo da palestra: “Quando chegou já estava feita uma roda entre os participantes. A psicóloga perguntou por que cada pessoa havia se interessado em participar desse curso vivenciado. Todos os presentes deram os seus mais diversos motivos mas, em sua resposta, Naza Poeta Holístico disse que era porque ele queria aprofundar-se cada vez mais em ‘meditação’ e sentir assim a energia da vida, procurando viver no presente com intensidade, buscando o autoconhecimento”.
Após, a facilitadora pediu que todos os participantes tirassem seus calçados. Todos ficaram descalços para sentir seus pés em contato com a madeira do assoalho da residência, residência essa que se tratava do Palácio Cruz e Sousa, localizado na Praça XV, no centro da capital catarinense. Após, os participantes começaram a andar bem devagar, ao ritmo da música. A seguir, todos começaram a saltitar, pular, dançar de qualquer modo, mas intensamente, mexendo bastante os corpos. Depois, todos soltaram o pescoço e o balançaram de um lado para o outro. A seguir, foram os ombros que os participantes mexiam, para frente e para trás. Após foram os quadriz; todos mexeram bastante os quadriz. Nesse momento, cada um tinha que procurar o seu espaço, mexendo com as mãos e braços lentamente. Por último foi pedido que, com as mãos, os participantes pegassem a energia que já sentia-se fluir na altura do segundo chacra e, como uma bola, todos os participantes trocassem essa energia, uns com outros. Foi tudo muito interessante.
Então, quando os trabalhos acabaram, naquela manhã, Naza Poeta Holístico sentia-se bem mais leve e descontraído e achou que isso era o que todos os outros participantes estavam sentindo. Uma colega, inclusive, sentiu as lágrimas verterem de seus olhos. Foi tudo muito emocionante e, em razão disso, o Poeta esperava que a forte energia, ou seja, que o alto astral continuasse alto.
À tarde, todos os participantes tiraram novamente os calçados e, novamente descalços, começaram a dançar, pular, saltitar com bastante movimento e energia. Na seqüência, todos fizeram movimentos mais suaves até ir parando. Em seguida, os participantes fizeram exercícios para desobstrução dos chacras. Foi ensinado que deveriam fazer movimentos com a pélvis, para frente e para trás, semelhante aos movimentos de uma relação sexual. Com as mãos, fariam movimentos para expulsar, tirar e doar energia através da sua circulação pelos chacras, desde o primeiro até o sétimo chacra.
Os participantes fizeram a prática acompanhados pela música que
era emitida pelo aparelho de som e, acompanhando o seu ritmo, o interlocutor – que tinha voz masculina – avisava para se pensar no primeiro chacha até o sétimo. Todos repetiram o exercício, a prática, por três vezes seguida; depois deitaram e passaram a curtir e a sentir a circulação da energia. Esse exercício deixou Naza Poeta Holístico embriagado de êxtase, como se tivesse tido uma relação sexual real, isto é, deixou-lhe calmo, sereno, tranqüilo e em estado de bem-aventurança e assim ficou durante todo aquele dia. A facilitadora – psicóloga Ângela Ribas – aconselhou que todos fizessem essa prática pelo menos uma vez por semana.
Depois foi feito um exercício de expressão facial, para ensinar ou para transmitir a mensagem de que não existe rosto com feição feia. Que isso é fruto de nossa imaginação, de nossa mente. Todos os participantes sentaram com um companheiro ou com uma companheira e ficaram frente a frente. Primeiramente, um(a) participante fazia caretas durante o intervalo de uma música e, após, o(a) outro(a) parceiro(a) que estava a sua frente, tentava imitá-lo(a) e assim acontecia com cada um e vice-versa. Este exercício serviu para dizer também sobre o questionamento ou reflexão para todos, no sentido de mostrar a dificuldade, ou não, de cada colega imitar a careta que o outro estava fazendo, o que significaria que no dia-a-dia, se você sentisse dificuldade na imitação, seria porque você não teria inclinação para ser comandado ou de receber ordens ou ainda de ser dominado. O inverso seria o contrário: que você não gostaria de dominar, de ser líder, de ter iniciativa própria. Este exercício serviu muito para fazer-se estas reflexões.
À tarde também foi organizada uma roda e a facilitadora Ângela Ribas perguntou qual a sensação que cada um dos participantes estava sentindo ou havia sentido. Houve uma troca de idéias muito boas e todos discutiram sobre diversos assuntos. O que chamou mais a atenção de Naza Poeta Holístico foi quando "a facilitadora – psicóloga Ângela Ribas – disse que os participantes deveriam desbloquear todos os chacras, deixar a energia fluir através de todos estes centros de energia que há nos seres humanos, porque os três primeiros chacras seriam ligados aos três últimos através do quarto chacra, o chacra do coração, que seria uma ponte para uni-los, formando um todo, em conexão com o universo que também é um todo ou que tudo é interdependente e que nós seríamos um microcosmos interligado ao macrocosmos".
Em seguida, os participantes começaram a formar duplas e cada um começou a massagear os sete chacras do outro, um de cada vez. Primeiramente, um dos(as) parceiros(as) deitava-se e o(a) outro(a) massageava o seu chacra e vice-versa. Com esse exercício, o Poeta sentiu uma caloria de grande energia na altura dos chacras.
Depois de toda a reflexão que aconteceu juntamente com as práticas até aqui exercitadas, os participantes passaram a dançar ao ritmo da música. Dançaram bastante, fluiu bastante energia terrena, interligada com energia cósmica. Por último, todos abraçaram-se, deram uma “pulsação” em conjunto e ficaram assim, em êxtase, com a companhia do som do ritmo da música que tocava. Foi uma troca de energia muito gostosa e forte. Em seguida, todos deram as mãos e formaram uma roda e dançaram mais um pouco, de mãos dadas. Para terminar, a facilitadora Ângela Ribas pediu que os participantes se despedissem um do outro com um abraço fraterno e gostoso, isto é, com muito amor. E assim foi feito. Amanhã será mais um dia de curso, mais um aprendizado, mais uma troca de energia e mais uma chama de calor humano se acenderá.
No domingo, 21–10–1990, foi praticada a dança de Shiva. Com as pernas afastadas, corpo ereto, os participantes fizeram movimentos com os braços; primeiro foram feitos movimentos simétricos e, depois, movimentos assimétricos. A próxima prática foi feita utilizando-se apenas um pé plantado; todos começaram com o pé direito plantado e dançaram com os braços e a perna esquerda e vice-versa.
Posteriormente, todos os participantes fizeram uma roda de seis pessoas; formaram-se três grupos de membros participantes. Depois, com o ritmo da música, os corpos dos praticantes começaram a se mexer; um a um, de mãos dadas, começaram a dançar com seus corpos super agitados. Essa prática serviu para colocar pra fora do corpo todo o estresse, toda a carga negativa. Duas colegas participantes choraram após este exercício vivenciado.
Na próxima prática vivenciada, novamente foram feitas duplas e o primeiro exercício seria para transmitir a energia sexual através do primeiro e do segundo chacra. Foi também muito proveitoso. O próximo exercício foi para testar o poder do terceiro chacra. Os membros de cada dupla duelaram, braços contra braços, para testar a força de cada participante.
Antes do encerramento foi feito o exercício vivenciado para acabar-se com qualquer rancor ou mágoa de alguém para conosco. Aconteceu assim: todos cerraram ou fecharam seus pulsos na lateral do corpo e, após, foram trazendo na altura do plexo solar (terceiro chacra – o chacra do poder), para mentalizar o participante e a(s) pessoa(s) com quem houvesse problemas e, em seguida, com os pulsos juntos, trazer até o quarto chacra (o do coração, do amor) e mentalizar confraternização. Após, visualizar uma esfera, e enviar essa energia de paz, amor e harmonia, para o espaço cósmico, dentro desse balão imaginário.
No encerramento do curso vivenciado “pulsação” da vida, todos os participantes despediram-se trocando a energia do terceiro chacra e do quarto chacra, justamente os chacras do poder – localizado no plexo solar – e o chacra amoroso – localizado na altura do coração –, respectivamente. Cada participante colocou suas mãos nestes chacras e, depois, transferiu suas energias colocando suas mãos nestes mesmos chacras do(a) seu (sua) companheiro(a) amigo(a), que estava finalizando o maravilhoso curso vivenciado, dado pela facilitadora – a psicóloga Ângela Ribas –.
Ao final, todos travaram uma amizade muito boa e especial durante este curso vivenciado e despediram-se com afeto e muito calor humano. Naza Poeta Holístico tem certeza que todos os participantes da vivência, assim como ele, estão no mesmo caminho espiritual, desejosos de um autoconhecimento cada vez maior, até atingir-se a harmonia e o entendimento pleno da vida.