DIFICÍL É VIVER,NO MAIS É TRANQUILO
Quem é ? o que come.
Aquele que escreve,se lê ?
Para onde vai ? o que se vê.
As pegadas que ficam ? por onde andam.
Se se é o que tem? e se não valer a pena.
No meu lixo tem ? pedaços de dentro de mim.
Aquilo que não quero ? não vou te dizer.
As minhas vontades
não movimentam a montanha,
maomé não esta nem aí pra mim
não quero encontrar o nirvana
a banda acabou.
Não me mostrem o caminho
descubro sozinho
dispenso ajuda
O que aparece,dói
(dói) não ter grana
(dói) não te ter
(dói) não ter filho
(dói) ter escolhido a solidão
A língua solta e afiada
corta tudo
dilácera as palavras
emudece o grito
mata igual a um tiro.
fere,não saber se outra
língua me faria bem
Até onde a vista alcança
a mão não consegue pegar
a perna não deixa andar
tudo continua sem gosto
com a primavera vem a alergia
Ouço bem alto
o rádio dizer que vai chover
no carro os primeiros raios
de sol dizem que não,
viro a quadra e a nuvem
despeja água
afogando a previsão
pessoas que na verdade,sou eu
nem tudo foi feito para ter sentido
as vezes o melhor é não saber
não ir
não ficar
não se mexer
não quero a praia
quero o engarrafamento
horas no sol,querendo o mar,
queremos tudo.
teremos ainda tudo,que não precisamos
iremos a lugares,que não precisamos estar
ela não me deixou
(se foi) se atirou ao cósmico mundo
e me deixou guardando seu coração