FAZENDO AMOR NA CAVERNA DO DIABO

De todas as excursões que participei, a que mais me encantou foi, sem dúvida, a que fizemos à CAVERNA DO DIABO. Como o próprio nome já a define é um lugar que desperta arrepios e ao mesmo tempo, curiosidade. Ela fica situada entre os estados de São Paulo e Paraná. Gostei tanto daquele lugar que fui lá duas vezes. Mas foi, justamente, nesta última visita que aconteceu algo inusitado e ao mesmo tempo engraçado, pelo menos, na primeira parte.

Logo que adentramos naquele recinto tenebroso, o guia turístico, como sempre, fez as devidas admoestações, alertando sobre os perigos, armadilhas que o visitante incauto poderia enfrentar. Enfatizando que o correto mesmo era andarmos sempre em grupos ou no mínimo em dupla, ou seja, nunca sozinho. Assim procuramos fazer. Só que logo no primeiro desafio, no primeiro obstáculo, numa fração de segundos, por um descuido da minha namorada que seguia à minha frente, a qual se desequilibrou da pequena e improvisada passarela de madeira e antes que ela caísse sozinha no córrego, ao tentar segurá-la, estabacamos ao mesmo tempo. Ainda deu tempo de ouvirmos as risadas dos colegas de excursão, os quais, pensando que aquilo fosse uma brincadeira, seguiram em frente. Na verdade, pareceu mesmo. Mas só que não foi nada premeditado, programado. Aconteceu à nossa revelia.

Como o tal córrego era raso, não tivemos nem tempo de ter medo de morrermos afogados. Mesmo com as roupas coladas nos nossos corpos, o que automaticamente despertou a nossa libido, para relaxar do susto, ali mesmo entre estalactites e estalagmites impressionantes, a princípio nos beijamos ardentemente, despertando o nosso desejo sexual. Rapidamente, aquelas roupas molhadas foram deixadas de lado, num lugar estratégico, e como dizia aquela bonita canção:..."roupas pelo chão, braços que se abraçam, bocas que murmuram palavras de amor, enquanto se procuram..." E assim nos amamos naquele lugar inóspito e fantasmagórico, só que o nosso sentimento maior suplantava tudo. Nenhum pavor, medo ou desconforto.

Naquele momento, não tivemos tempo nem de pensar naqueles casais que parecem se digladiar sobre colchões macios, jogando um amor carnal para escanteio, por motivos fúteis como por exemplo, quem fica por baixo ou por cima...

JOBOSCAN

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Enviado por JOBOSCAN em 29/10/2011
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