CARNABULO HORA DA DESPEDIDA

CARNABULO HORA DA DESPEDIDA

Eu á beijava no fundo do mar. tinha medo das algas, das tulipas afogadas que nos cercavam, dos brotos encharcados de espinhos.

Eu amava a solidão da floresta, vivia o presente como a um presente de amor físico como a Otelo que alias era um exemplo há não ser seguido de originalidade em seu tempo. Minha autoestima de ofensas mutua, como todas as paixões a exemplo do tempo aonde há vulgaridade. Nenhum caminho é mais tortuoso e amargo do que tal traição, ela fere corações pequeninos e grandes e põe abaixo o outrora telhado de carvalho de um lar há baixo. Os olhos veem o coração deseja o corpo sacia e às vezes as consequências são inevitáveis. Nem sempre a solidão é tristeza, mas uma doce mania de se viver. Impensáveis os filhos crescem e com eles a saudade de quando eram pequenos.

A tez era bela, como bela era a via que atravessava nosso polo sul. Como os seus e os meus eram avesso a tudo como o verso mudo de um dia cinza de utopias do verso implícito místico e balístico. Que viessem as arvores na berlinda de alguns de seus sutiã. Como a exemplo do tempo a causa das paixões são os princípios do corpo da memoria que infecta a alma desalenta, sem glândulas e hálitos em dispor o inferior ou superior sem força e fraqueza em frangalhos, absoluta e abstrata em transfiguração insatisfeita em si mesmo.

Uma certa indignação leva-me a cólera. As palavras já não vinham como frutos e hortaliças, mas brotavam entre espinheiros. Meu sexo roxo como os ipês que brotavam entre os bancos do parque, os cabelos secos esperavam por uma prancha de surfista.

O verde mudou-se, precioso era o olhar sobre o deserto. Conchas vindas do oceano e na areia movediça afundava meu castiçal roubado do passado daqueles que andavam de lá e pra cá sem se acharem.

Nada mais que um namoro, nada mais que um beijo no tempo e no nada mais do que um coração em um estojo. O vento levava a chuva, o sol e só não tragava tudo que eu via na tv. Ouvir algum som? Jamais!

Á única coisa que queria era ter em mim um único alguém, como meu grande eu. Todos os homens e todas as mulheres sem seus beijos e abraços eram nada sem suas formas genéticas e geométricas musculosas em seus desejos atrozes. Maridos traídos, mulheres desejadas e mortas, era o caos no amor só ficavam os beijos parados no tempo. Esposas frias, homens impotentes com câncer de próstata e na maioria das vezes morriam com falta de ar e não sendo adeptos do fumo.

Seres humanos, acreditem, éramos seres humanos.

Eu disse;

-- Pegue um cigarro.; (Com a prepotência usual dos assassinos).

Ela lavou o prato e com o resto de comida por pirraça entupiu a pia, ( o sindico foi reclamar comigo)

Ela pegou o cigarro olhou-me e disse;

-- Vamos dormir.

Voamos ;

Dormir numa viagem interrompida aceitando as vezes pequenos convites de melancolias e isto não era nada nada como a madrugada ao menos.

A minha boca não era carnuda era muda e miúda como a um criado frio, aberta em riste junto aos dentes, com o copo de vinho na mão. Havia um dente estragado, traguei o palheiro mata rato que era.

Olha, ela não me pediu misericórdia pelo seu amor,. Não pediu-me a concórdia de nossos dias. A vida era assim, a noite comíamos batatas fritas, tomávamos vinho quente, fazíamos amor sem tesão, na maioria das vezes tinha um desejo tão aflito que me corroía o pênis como a um cancro um cancro vindo do coração em chamas. As vezes ela acreditava na minha sinceridade, no meu amor carnal e muito menos no sentimental. Crer na aliança presente que ao sair da igreja apagava minha lembrança.

Não crê que lhe era tão sincero e por isso esperava ao menos um abraço daquele amor “eterno.” O amor é a coisa mais estranha, se arranham se arranham, mas no fim todos se estranham.

Olha, dizer que á amava era um momento tão certo como o mais incerto de todos os momentos de dizer que á queria.

Putas são putas, mas também são normais e olha que as vezes são mais pessoas que muito mais que outras pessoas que não meros mortais. Poemas são poemas recitados em casas e tomam nossos pobres reais, mas são putas que não transgredem os nossos parcos ideais. Como homens que somos putos pobres mortais. Ela não era uma puta pelo contrario putos somo-nos de termos a mania de olhar e esta coisa de mexer com mulheres na rua, ônibus, trem do metro, praça sete, savassi isto tudo é baboseira. Mulher não se mexe mas deixa-se mexer. Ela esperava que eu fizesse amor com ela, mas fazia amor com as teclas do computador. Não abuse de uma mulher jamais abusem elas não é câncer por que há homens que defecam com a boca cheia de palavras e morrem com câncer da paixão. Meu cigarro no cinzeiro queimava junto ao resto da pera que comi. Um resto de mim no cinzeiro estalava junto a guimba do cigarro como um escarro com gosto de sangue.