O SILENCIO DA DOR

A dor incomodava mais que nos outros dias.

Não achava posição para que o sono ajudasse aquele quase menino.

Sentiu as lágrimas molhando o rosto, mas decidiu não pedir ajuda.

Já não agüentava mais...

Em apenas seis meses tudo mudara.

Por quê?

Lembrou-se de algumas passagens do acidente de carro.

Corria. 150 km. De repente uma forte luz e acordou quarenta e seis dias depois naquele quarto, mas sem sentir a vida.

Não conseguia falar, não ouvia, ainda via com uma das vistas.

Mas sentia. Chorava e pedia um pouco de atenção.

O nome? Taylor. Idéia foi do pai, americano.

Volta a dor. Silencio de pensamento até que lembra de um nome: Deus!

Nunca dera atenção ao Nome, mas naquele momento...

Um único pedido: "Me leve contigo"

A dor incomodava muito, mas sentiu uma paz que até então não tinha sentido, acompanhada de um forte sono.

Simplesmente, dormiu.