A CANECA FURADA
A CANECA FURADA
Dona Maria Raimunda de Vasconcelos era a viúva do 2º matrimônio de meu avô paterno, uma mulher simples, ingênua e pura, maldade estava longe de seu coração, a qual logo após o falecimento de seu esposo costumava compará-lo com um pote, dizendo simplesmente não posso me separar deste pote, porque ele é a cara do Joaquim, exclamava tudo isso num tom saudoso e romântico. A velhinha costumava beber água em uma caneca que era usada exclusivamente para tirar água do pote, por mais que às pessoas reclamasse ela não se mancava e continuava a fazer, era um caso sem jeito. Certo dia José Marques que é meu primo resolveu radicalizar, aí então, pegou a caneca e furou em torno de toda borda e ficou escondido esperando a presa vir beber, em pouco tempo lá estava dona Maria com a caneca cheia d’água, que quando entornou para beber ficou toda molhada e pacientemente exclamou: isso só pode ser coisa do José. Enquanto acontecia o desenrolar de sua peripécia José Marques comemorava sorridente o êxito de seu intento.