DO BORDEL, AO CIRCO.
Foi em 1.985. Eu ja era casado, tempo das micaretas, (carnaval fora de época, que sempre acontece em nosso nterior baiano; - por sinal, agora em setembro, é a micareta aquí em Salobro. Pode)? -
Numa dessas baladas, em nossa cidade cede, junto com mais dois amigos, passando em frente à um BORDEL, alguém teve a feliz idéia de que deveríamos entrar e tomar uma ceveja.
Entramos, sentamos em volta da mesa, pedimos uma cerveja, que não veio só; veio acompanhada de três garotas, com umas sáias daquelas que Luiz Gonzaga fala em sua canção: SUA SÁIA MARIQUINHA, ACABA MUITO CEDO.
Uma d'Elas, sem ser convidada à tal libertinágem, sentou-se em minha perna e começou a conversar comigo...ja sabe; né? Então vou saltar esse trêcho.
Tomando a cerveja e jogando conversa fora, resolví perguntar à sua idade. Ela: "15 anos". - Eu tinha 27.
Perguntei a garota: "por que Você, tão jóvem, bonita, ... -;fiz um monte de elogios - não sái dessa vida e busca algo melhor para Você? Quanto mais cêdo, seria melhor; viver assim, fico com pena de Você"!?
"VOCÊ VEIO AQUÍ PROCURAR MULHER, OU DAR CONSÊLHOS? VÁ CUIDAR DE SUA VIDA".
Ela saiu, e, Eu também.
por acaso, dois anos depois, fui à um circo, aquí mesmo em Salobro, e para minha surpresa, surgiu uma dancarina no palco. ERA ELA. Tinha se casado com um dos artistas do circo; disseram-me.
Não sei se Ela estava feliz; não procurei saber; depois da primeira resposta... Eu ja sei até da segunda: "Você gosta de se intrometer na vida alheia, hem"?
Foi-se. Nunca mais a ví; tomara que deu tudo certo.
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E será sempre assim. "cada qual no seu quadrado".
Vange- Salobro - BA, 23 de setembro de 2011.